OVG leva versão especial do Mix do Bem à terceira Festa do Pequi, na Ceasa

Durante a já tradicional Festa do Pequi das Centrais de Abastecimento de Goiás (Ceasa), que chega à terceira edição em 2023, a Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) apresentou uma receita especial do Mix do Bem, produzido com pequi. O alimento, que é desenvolvido pelo Governo do Estado no Banco de Alimentos da OVG, é distribuído a famílias em vulnerabilidade por meio do Goiás Social. Produzido a partir das doações dos produtores e permissionários da Ceasa, que repassam alimentos in natura à OVG, o Mix foi servido no evento, nesta quinta-feira, 19, com o objetivo de apresentar o produto final das doações aos parceiros sociais da iniciativa.

Lançado em outubro de 2021, o Programa NutreBem, responsável pelo processamento do Mix do Bem – que leva arroz, proteína de soja, alho, cebola, cenoura e tomate desidratados – já distribuiu 460 mil pacotes do alimento, o que representa 4,6 milhões de refeições na mesa de quem mais precisa. “Eu não me canso de dizer que esses dados não são apenas números, são pessoas, famílias inteiras que encontraram no Goiás Social o amparo e a dignidade que tanto precisam e merecem. Quem tem fome, tem pressa. Por isso nosso trabalho é incansável na busca de parcerias para que esse trabalho seja cada vez mais ampliado”, comentou a presidente de honra da OVG e coordenadora do Goiás Social, primeira-dama Gracinha Caiado.

Segundo ela, levar o Mix do Bem com uma receita especial à Festa do Pequi é um reconhecimento aos produtores e permissionários que tanto contribuem com o trabalho do Banco de Alimentos da OVG. “Todos esses parceiros sociais a quem faço questão de agradecer e de apresentar esse alimento maravilhoso têm um papel fundamental no sucesso do nosso trabalho. É graças ao compromisso e às doações de cada um deles que podemos distribuir tantos alimentos às famílias que mais precisam.”

Para Rosângela de Oliveira Souza, que atua na Ceasa há 20 anos, experimentar o Mix do Bem foi uma grata surpresa. “É surpreendente ver que as doações que fazemos se transformam num alimento tão saboroso e nutritivo como esse. Confesso que não imaginei que era tão gostoso, ainda mais com pequi, que nós goianos tanto gostamos. Se eu já doava com satisfação, agora conhecendo no que as doações se transformam, espero doar ainda mais”, disse.

Banco de Alimentos

O Banco de Alimentos da OVG funciona em parceria com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e Centrais de Abastecimento de Goiás (Ceasa-GO) e já distribui, desde 2019, seis mil toneladas de frutas, verduras e legumes in natura a famílias vulneráveis e a entidades sociais, além de quase 60 mil pacotes de frutas desidratadas. Neste período, mais de 56 mil pessoas foram beneficiadas pela iniciativa.

Para receber as doações, famílias em vulnerabilidade e representantes de instituições sociais podem se dirigir diretamente à unidade, que fica nos fundos da Ceasa, no Jardim Guanabara, em Goiânia, com documentação pessoal. A lista de documentos pode ser acessada no site da OVG (ovg.org.br).

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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