Com ovos de Páscoa mais caros, produção goiana é uma boa alternativa para o consumidor

Após Páscoa ovos de chocolate ficam até 57% mais baratos

A Páscoa deste ano terá ovo de chocolate com preços acima da inflação em Goiás. De acordo com a Associação Goiana de Supermercados (Agos), as marcas mais famosas aumentaram, em média, 15%. Os chocolates produzidos na indústria regional tiveram aumento de 11% e podem ser uma saída um pouco mais barata para o consumidor.

Em um supermercado de Goiânia, por exemplo, o ovo de Páscoa de uma marca goiana, com 100g, custa R$ 10,50. Já o produto mais barato de marcas famosas, no mesmo mercado, custa R$ 37,50, com 185g. Entre os ovos mais caros, um de 570 g de marca “vip” chega a custar R$ 89,50. Outro de 280g, de marca regional, custa R$ 21,95.

O aumento nos preços não está acima da média habitual de cada ano, segundo o presidente da Agos, Gilberto Soares. Em São Paulo, por exemplo, a elevação foi maior: cerca de 40%, de acordo com a Associação Paulista de Supermercados (Apas).

“No caso dos ovos regionais, estão um pouco mais caros que a inflação. As marcas de grife ficaram mais caras porque o custo do transporte aumentou, então acaba impactando a distribuição dos produtos. Em todos os anos, percebemos aumento, que pode ser igual à inflação ou maior. Neste ano, foi um pouco maior”, explica o presidente da Agos.

O chocolate goiano vem conquistando mais espaço no gosto dos consumidores, conforme observa Gilberto Soares. “As marcas regionais têm aumentado muito as vendas porque as indústrias estão mais preparadas, se qualificando melhor”, pontua.

Menos chocolate

Levantamento da empresa de inteligência de mercado Horus, com base no monitoramento das notas fiscais, aponta que a média de gastos com ovo de páscoa está pouco acima dos R$ 40 neste ano. A entidade afirma que, com o poder de compra enfraquecido, por conta da inflação, o consumidor tende a buscar por ovos mais baratos ou menores.

Os próprios fabricantes vêm reduzindo a quantidade de chocolate dentro das embalagens chamativas. “Vem se mantendo a redução da gramatura para ovos e barras de chocolate ficarem mais acessíveis, mais em conta. Os mercados também têm reduzido os pedidos, evitando que sobrem muitos ovos para fazer o famoso saldão depois”, afirma o presidente da Agos.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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