Última atualização 12/04/2022 | 11:12
A Páscoa deste ano terá ovo de chocolate com preços acima da inflação em Goiás. De acordo com a Associação Goiana de Supermercados (Agos), as marcas mais famosas aumentaram, em média, 15%. Os chocolates produzidos na indústria regional tiveram aumento de 11% e podem ser uma saída um pouco mais barata para o consumidor.
Em um supermercado de Goiânia, por exemplo, o ovo de Páscoa de uma marca goiana, com 100g, custa R$ 10,50. Já o produto mais barato de marcas famosas, no mesmo mercado, custa R$ 37,50, com 185g. Entre os ovos mais caros, um de 570 g de marca “vip” chega a custar R$ 89,50. Outro de 280g, de marca regional, custa R$ 21,95.
O aumento nos preços não está acima da média habitual de cada ano, segundo o presidente da Agos, Gilberto Soares. Em São Paulo, por exemplo, a elevação foi maior: cerca de 40%, de acordo com a Associação Paulista de Supermercados (Apas).
“No caso dos ovos regionais, estão um pouco mais caros que a inflação. As marcas de grife ficaram mais caras porque o custo do transporte aumentou, então acaba impactando a distribuição dos produtos. Em todos os anos, percebemos aumento, que pode ser igual à inflação ou maior. Neste ano, foi um pouco maior”, explica o presidente da Agos.
O chocolate goiano vem conquistando mais espaço no gosto dos consumidores, conforme observa Gilberto Soares. “As marcas regionais têm aumentado muito as vendas porque as indústrias estão mais preparadas, se qualificando melhor”, pontua.
Menos chocolate
Levantamento da empresa de inteligência de mercado Horus, com base no monitoramento das notas fiscais, aponta que a média de gastos com ovo de páscoa está pouco acima dos R$ 40 neste ano. A entidade afirma que, com o poder de compra enfraquecido, por conta da inflação, o consumidor tende a buscar por ovos mais baratos ou menores.
Os próprios fabricantes vêm reduzindo a quantidade de chocolate dentro das embalagens chamativas. “Vem se mantendo a redução da gramatura para ovos e barras de chocolate ficarem mais acessíveis, mais em conta. Os mercados também têm reduzido os pedidos, evitando que sobrem muitos ovos para fazer o famoso saldão depois”, afirma o presidente da Agos.