Ozempic Genérico: Preço e Distribuição no SUS a Partir de 2026

Ozempic: quando cai a patente do remédio e que preço terá o genérico

Possibilidade de distribuição no SUS de genéricos do Ozempic, defendida por Eduardo Paes, só pode se tornar concreta a partir de 2026

Em um dos primeiros atos de 2025, o prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes (PSD) criou um grupo de trabalho para estudar como incluir tratamentos com Ozempic na rede pública da capital fluminense.

Embora o estudo carioca tenha que ser feito até março, a distribuição deve demorar a ocorrer. O Ozempic é um remédio criado pela farmacêutica Novo Nordisk e suas unidades são vendidas a aproximadamente R$ 1 mil — ele ainda não foi aprovado para distribuição no SUS. Além disso, a demanda global pelo medicamento é tal que mesmo em vendas particulares costuma haver fila de espera para conseguir uma caneta aplicadora.

O cenário, porém, pode mudar em breve. A patente da Novo Nordisk em relação ao remédio deve cair em 2026, e não faltam empresas interessadas em produzir versões genéricas ou similares da injeção que é destinada ao tratamento de diabetes tipo 2, mas que ganhou popularidade por levar ao emagrecimento.

QUANDO CAI A PATENTE DO OZEMPIC?

Uma patente de medicamento é um direito exclusivo concedido a um laboratório para explorar comercialmente uma nova fórmula. Esse direito geralmente dura 20 anos a partir da data de aceite da patente. Durante esse período, somente a detentora pode produzir e comercializar o medicamento, mas, quando a patente expira, outras empresas podem criar versões genéricas ou similares.

Em 2026, a patente da semaglutida, substância ativa do Ozempic, chegará ao fim. Com isso, a indústria farmacêutica já se movimenta para lançar essas versões mais acessíveis até o fim do ano que vem.

Alguns laboratórios brasileiros já anunciaram que estão trabalhando em versões do remédio. A brasileira Biomm inaugurou uma fábrica em abril que produz insulina, mas que deverá ser adaptada assim que a patente cair para uma nova versão de Ozempic que está sendo elaborada com a indiana Biocon. A Biocon, inclusive, recebeu aprovação no Reino Unido para seu genérico da liraglutida, uma molécula semelhante à semaglutida, mas menos eficaz na perda de peso.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou em 23 de dezembro a farmacêutica brasileira EMS a produzir dois medicamentos à base de liraglutida, princípio ativo usado no Saxenda, outro medicamento da Novo Nordisk para tratamento da obesidade e diabetes tipo 2.

Ozempic e similares serão investigadas por gerar pensamentos suicidas Injeções para perda de peso serão analisadas na Europa por terem possível elo com casos de depressão profunda e automutilação. O Ozempic é um remédio usado de forma “off label” para perda de peso.

Outra iniciativa de destaque no Brasil é da farmacêutica Cimed, que já anunciou planos para produzir versões genéricas da semaglutida, apelidadas de “canetinhas amarelas”. O presidente da empresa, João Adide, afirmou em suas redes sociais que pretende colocar seu genérico à venda no dia seguinte à queda da patente da Novo Nordisk.

Ao redor do mundo, outros laboratórios também estão trabalhando em versões similares. Em abril, a chinesa Hangzhou Jiuyuan Gene Engineering submeteu o primeiro pedido de aprovação de um similar da semaglutida às autoridades locais. Já na Índia, empresas como Dr. Reddy’s e Cipla estão desenvolvendo suas próprias versões do remédio.

QUANTO VAI CUSTAR O SIMILAR DO OZEMPIC?

No Brasil, a Anvisa determina que o genérico seja no mínimo 35% mais barato que o produto de referência. Na prática, a maioria dos remédios genéricos tem um preço cerca de 60% menor.

No caso dos medicamentos biossimilares, porém, não há uma política nacional de descontos que determine como seriam os preços. Como boa parte das farmacêuticas têm trabalhado em remédios similares (com efeitos parecidos, mas não a mesma fórmula do original), ainda é cedo para determinar o preço das canetas.

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Governo DE rompe relações com Paraguai após apoio a opositor de Maduro

O governo DE anunciou o rompimento de relações com o Paraguai um dia após presidente do país reiterar apoio à Edmundo González. A decisão foi divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores do país nesta segunda-feira (6/1). Em nota, a chancelaria venezuelana criticou as recentes declarações do presidente do Paraguai, Santiago Peña.

No domingo (5/1), o mandatário paraguaio conversou por telefone com o opositor de Maduro, Edmundo González, e a líder de fato da oposição venezuelana, María Corina Machado. Durante a chamada de vídeo, Peña prestou apoio à González, que promete voltar para a Venezuela e assumir a presidência na próxima sexta-feira (10/1), apesar da Justiça local ter oferecido uma recompensa de US$ 100 milhões por sua captura.

A sinalização positiva para a oposição não foi vista com bons olhos para o regime Maduro, que ordenou a retirada de todo o corpo diplomático paraguaio de Caracas. Após a decisão, o governo do Paraguai adotou o princípio da reciprocidade e ordenou a retirada do embaixador da Venezuela no país, Ricardo Capella, e todo o corpo diplomático em 48 horas.

Dias após a eleição presidencial DE, o regime Maduro já havia determinado a expulsão do corpo diplomático da Argentina, Chile, Costa Risca, Peru, Panamá, República Dominicana e do Uruguai. Todos os governos contestaram a sua polêmica vitória no pleito. A posse presidencial DE na Venezuela está prevista para o próximo dia 10 de janeiro, com Maduro e González prometendo assumir o Palácio de Miraflores.

Diante disso, DE decidiu, no exercício pleno de sua soberania, romper relações diplomáticas com a República do Paraguai, e prosseguir com a retirada imediata do seu pessoal diplomático credenciado neste país”. No comunicado, a administração Peña ainda voltou a defender a vitória de González, e disse que o ex-diplomata é o “presidente eleito” na Venezuela. A política diplomática entre os países DE e Paraguai passa por um momento turbulento devido às recentes ações e declarações políticas.

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