Paciente do Crer representa o Brasil nas Paralimpíadas de Paris 2024

A paratleta Adria Jesus será uma das representantes do Brasil durante os Jogos Paralímpicos de Paris 2024, que começam nesta quarta-feira (28/8) e vão até 8 de setembro. Adria é paciente do Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), unidade da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás. Ela vai disputar o vôlei sentado.

Segundo a paratleta, a modalidade “exige não apenas habilidade e agilidade, mas também determinação”. Ao longo da trajetória, Adria Jesus tem se destacado por sua capacidade técnica e diz que está preparada para exibir “o talento e a resiliência dos atletas paralímpicos brasileiros”. Os jogos paralímpicos servirão de palco para a paratleta “mostrar seu trabalho ao mundo, representando o Brasil.”

A trajetória de Adria é reflexo do esforço e do compromisso necessários para alcançar o mais alto nível no esporte. “É uma honra imensa representar o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Cada desafio superado até aqui foi um passo em direção a esse grande sonho. Estou muito feliz por levar não apenas a bandeira do nosso país, mas também todo o apoio e carinho que tenho recebido. O vôlei sentado me ensinou muito sobre resiliência e trabalho em equipe, e quero mostrar ao mundo que, com determinação e paixão, é possível alcançar qualquer objetivo”, afirma Adria.

Festival de Esporte Adaptado do Crer
No dia 20 de setembro de 2024, o Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer) realizará a 8ª edição do Festival de Esporte Adaptado, com o objetivo de promover a qualidade de vida e a inclusão social e física das pessoas com deficiência. O evento, nas instalações do hospital, reunirá atletas em tratamento na instituição.

De caráter inclusivo, o festival é uma importante ferramenta na readaptação dos pacientes, promovendo sua reintegração social e familiar. A programação da 8ª edição incluirá modalidades como Basquete em Cadeira de Rodas, Bocha Adaptada, Atletismo, Futsal, Caminhada Aquática, Natação e Takkyu Volley. Durante o evento, profissionais de educação física conduzirão as atividades esportivas, com suporte e orientação da equipe multiprofissional do Crer.

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Mulheres processam Johnson & Johnson por alegações de talco causar câncer de ovário

Quase 2 mil mulheres britânicas, incluindo pacientes com câncer, sobreviventes e suas famílias, estão se preparando para mover uma ação coletiva contra a Johnson & Johnson, alegando que o uso do talco da empresa causou câncer de ovário. Este será o primeiro processo desse tipo enfrentado pela companhia no Reino Unido, e tem o potencial de se tornar a maior ação judicial envolvendo um grupo farmacêutico na história da Inglaterra e País de Gales. Nos Estados Unidos, a Johnson & Johnson já enfrentou mais de 62 mil processos relacionados ao talco, resultando em pagamentos ou reservas de pelo menos US$ 13 bilhões em indenizações.

Contaminação com Amianto e Ação Judicial

As advogadas das reclamantes alegam que o talco da Johnson & Johnson estava contaminado com amianto, uma substância cancerígena, e que a empresa omitiu informações sobre o risco aos consumidores. Tom Longstaff, sócio da KP Law, que representa as vítimas no Reino Unido, afirmou: “A empresa sabia há décadas que o amianto estava presente e era perigoso, mas não fez nada para alertar os consumidores. Estamos empenhados em ajudar o maior número possível de pessoas a buscar justiça contra os executivos ávidos por lucro.”

Por sua vez, a Johnson & Johnson refuta as acusações e defende que elas são ilógicas e distorcidas. A empresa descontinuou a venda de talco à base de minerais no Reino Unido em 2022 e nos Estados Unidos em 2020, citando pressões financeiras e “desinformação” em torno do produto como justificativa.

Embora o talco seja fabricado a partir de um mineral natural, estudos sugerem que ele pode conter pequenas quantidades de amianto, cujas fibras podem causar danos graves ao corpo humano, como inflamações e câncer. Em julho deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o talco mineral como “provavelmente cancerígeno para seres humanos”.

Relatos de Mulheres Diagnosticadas com Câncer de Ovário

Entre as mulheres que ingressaram na ação está Linda Jones, de 66 anos, diagnosticada com câncer de ovário em novembro do ano passado. Ela usou talco desde a infância e compartilhou sua surpresa ao descobrir uma possível ligação entre o uso do produto e sua doença. “Confiávamos no que os anúncios diziam. Quando fui diagnosticada, nunca imaginei que o talco poderia ter causado isso”, afirmou Linda.

Cassandra Wardle, de 44 anos, também foi diagnosticada com câncer de ovário em 2022 e usou talco desde a infância, assim como Sharon Doherty, de 57 anos, diagnosticada com câncer de ovário e trompa de falópio. Sharon passou por cirurgia e quimioterapia, mas a doença retornou, e ela aguarda tratamento pelo NHS.

Posicionamento da Johnson & Johnson

A Johnson & Johnson se defende, afirmando que sempre priorizou a segurança de seus produtos. Erik Haas, vice-presidente global de assuntos jurídicos da empresa, declarou que a companhia utilizou protocolos de testes rigorosos ao longo das décadas e que esses testes mostraram consistentemente a ausência de amianto no talco para bebês. Além disso, Haas afirmou que estudos independentes não associam o talco ao câncer de ovário ou ao mesotelioma.

Ele também destacou que a empresa venceu ou reverteu em apelação a maioria dos casos nos Estados Unidos relacionados a essas alegações.

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