Paciente é considerada a primeira da história a se curar do HIV sem tratamento

Foi confirmado, nesta quarta-feira, dia 26, o primeiro caso da história de uma pessoa que foi curada do vírus HIV sem nenhum tipo de tratamento. Trata-se de Loreen Willenberg, de 66 anos, que é soropositiva desde 1992.

Na revista Nature, uma matéria conta que 1,5 bilhão de células foram analisadas no corpo de Loreen, inclusive no intestino e reto. Apesar da tecnologia sofisticada para encontrar o vírus no genoma, nada foi detectado.

Outros dois pacientes no mundo são considerados curados, mas passaram por arriscado procedimento de transplante de medula. Outro brasileiro considerado curado espera para entrar na lista. Mas sumir o vírus assim, sem motivações conhecidas, é considerado inédito na medicina.

O mesmo estudo com Laureen também pesquisou um grupo de 63 pessoas que controlaram a infecção sem usar drogas – no caso desses participantes, o organismo conseguiu absorver o HIV de maneira que ele não se reproduz. Os resultados da pesquisa sugerem que essas pessoas conseguiram ter uma “cura funcional”, ou seja, o vírus está presente, mas inativo.

Os resultados podem sugerir que ao contrário do que se pensava, o tratamento pode “curar”. Outras 11 pessoas que participaram da pesquisa são consideradas “controladores excepcionais”. Os organismos deles conseguiram isolar o vírus em uma parte do genoma tão densa, que o sistema celular não consegue replicá-lo.

Funciona assim: esses pacientes, que suprimiram o vírus sem remédios, mas que já tomaram, teriam células T podesoras, ou seja, que depois de lutar contra uma infecção, ainda guardam memória por longo prazo e os efeitos continuam valendo.

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Avião da Embraer pode ter sido abatido por sistema de defesa russo, indicam fontes

O acidente com o avião da Azerbaijan Airlines que deixou 38 mortos na última quarta-feira pode ter sido causado por um sistema de defesa aérea russo, segundo informações obtidas pela agência Reuters. A suspeita foi inicialmente levantada por Andriy Kovalenko, membro da segurança nacional ucraniana, que mencionou imagens mostrando coletes salva-vidas perfurados. Especialistas em aviação e militares corroboraram a análise, e até mesmo a mídia russa considerou a possibilidade de a aeronave ter sido confundida com um drone ucraniano.

Enquanto isso, as autoridades russas e do Cazaquistão pedem cautela. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, declarou que especulações sobre as causas são prematuras, e o presidente do Senado do Cazaquistão, Mäulen Äşimbaev, reforçou que a investigação está em andamento, garantindo transparência nos resultados.

O avião, que partiu de Baku, capital do Azerbaijão, com destino a Grozny, na Rússia, desviou significativamente de sua rota antes de cair no Cazaquistão. A companhia aérea inicialmente sugeriu que o acidente poderia ter sido causado por colisão com aves, mas especialistas descartaram essa hipótese. Serik Mukhtybayev, especialista cazaque, e o brasileiro Lito Sousa destacaram que os danos nos destroços apontam para uma causa externa, possivelmente relacionada a um ataque.

Relatos e análises reforçam a teoria de que o avião foi atingido por um míssil. Um piloto militar francês, sob anonimato, afirmou que os danos na cauda são consistentes com explosões de estilhaços. O blogueiro russo Yuri Podolyaka também mencionou sinais típicos de sistemas antiaéreos.

Dados do site Flightradar24 mostram que o avião enfrentou interferências de GPS antes do acidente, algo já atribuído à Rússia em ocasiões anteriores. A Chechênia, destino final do voo, havia sido alvo de ataques com drones no mesmo período, segundo informações locais.

O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, evitou especular, atribuindo o desvio de rota ao mau tempo. A caixa-preta do avião foi recuperada e será analisada para determinar a causa do acidente. Das 67 pessoas a bordo, 29 sobreviveram, sendo que 11 permanecem em estado grave.

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