Paciente que foi estuprada conta que não conseguiu pedir ajuda pois estava sedada

Paciente que foi estuprada conta que não conseguiu pedir ajuda pois estava sedada

A paciente que foi estuprada por um enfermeiro enquanto estava internada no Hospital Municipal Universitário de Rio Verde (HMU), no sudoeste do estado, contou à polícia que viu quando ocorreu o crime, mas não conseguiu pedir socorro por estar sedada no momento.

Segundo a delegada Jaqueline Sielskis, da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), a vítima disse que estava internada na unidade após tentar tirar a própria vida, em março do ano passado. Conforme apontado pelas investigações, o suspeito era técnico de enfermagem, teria se aproveitado do momento em que a mulher estava sedada, a cobriu com um lençol e praticou o crime.

Ao receber alta do hospital, a paciente procurou a delegacia e realizou o exame de corpo de delito, que comprovou que tinha sido abusada. A delegada conta que foi realizado um confronto com o material genético de todos que cuidaram da vítima enquanto esteve internada na unidade hospitalar e chegou a conclusão que o material era do então técnico de enfermagem, que foi a pessoa que ficou mais tempo na companhia dela.

Ao confirmar o material genético, foi solicitado a prisão do técnico, que foi expedida pela Justiça e cumprida em Santa Helena de Goiás, a 36 km de Rio Verde. Por meio de nota, a defesa do profissional disse que “demonstrará durante a fase processual a ausência de autoria delitiva, assim como buscará restabelecer a liberdade do investigado através dos meios recursais.”

Conforme relatado pela delegada, o enfermeiro negou que tenha estuprado a mulher e alegou que a paciente já tinha ficado internada outras vezes na unidade hospitalar.

Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Rio Verde disse que “repudia veementemente qualquer ato criminoso praticado eventualmente por qualquer servidor público municipal e se coloca à disposição das autoridades policiais para colaborar com as investigações. Informamos ainda que o investigado não é servidor efetivo e atuava como prestador autônomo que já foi descredenciado da saúde.”

Nota do Coren completa na íntegra

“O Conselho Regional de Enfermagem de Goiás (Coren-GO) informa que já iniciou as tratativas ao tomar ciência da Operação “APOLLON”, realizada pela Polícia Civil de Rio Verde, fato que ocorreu após a prisão de um profissional de Enfermagem acusado de violação sexual de vulnerável.

O Coren-GO realizou abertura, por meio de ofício de um Procedimento Ético Disciplinar (PED) para apuração do caso e tomar as devidas providências com base na Resolução COFEN Nº 706/2022, que trata-se do Código de Processo Ético do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem. O PED seguirá todo o rito processual presente no Processo Ético, que prevê diversas penas, inclusive cassação do registro profissional. Informa que o profissional possui inscrição regular de Enfermeiro e Técnico em Enfermagem.”

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Operação Dejavu cumpre 46 medidas judiciais por receptação

Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFRVA), deflagrou, nesta terça-feira, 19, a Operação Dejavu para cumprir 18 mandados de prisão temporária e 28 de busca e apreensão em Goiânia, Goianira, São Paulo, Santo André/SP, Rio de Janeiro/RJ e Niterói/RJ.

Vinte pessoas são investigadas por manterem vínculo em organização criminosa visando receptação, para comércio, de componentes veiculares roubados e ocultação de patrimônio.

Operação Dejavu

Com articulação em São Paulo e Rio de Janeiro, lojista goiano do ramo de peças usou dados de laranja para abertura de empresa, movimentou valores diretamente na conta de terceiros e promoveu compra e venda de peças que sabia serem de veículos roubados e furtados.

Com passagens anteriores na PCGO, tratou de alterar a forma de trabalho criminoso, deixando de ter loja física para atuar apenas com galpões. Assim, comprava as cargas de carros totalmente desmanchados (carros furtados/roubados) do estado de São Paulo e depois as revendia para outros lojistas.

Em dado momento das negociatas chegou a pedir marcas e modelos específicos, bem como reclamar da falta de determinados itens (módulos, braços de capo, multimídia) e do fato de ter pago por carro que na lista encaminhada pelo WhatsApp era automático, mas que quando descarregou era manual.

A operação contou com o apoio da Polícia Civil de São Paulo e Polícia Civil do Rio de Janeiro.

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