Última atualização 29/12/2022 | 08:17
A Justiça da França obrigou um hospital da cidade de Nantes a indenizar um paciente que teve o pênis retirado por um erro do cirurgião. Na ocasião, o homem havia recebido o diagnóstico de um tumor na região genital.
A instituição terá que pagar 61 mil euros, o equivalente a mais de R$ 330 mil. Devido aos danos físicos e psicológicos, a defesa havia solicitado 976 mil euros, aproximadamente R$ 5,3 milhões. O advogado anunciou que irá recorrer a decisão.
“O dano psicológico não foi levado em conta”, frisou o advogado Georges Parastatis, em entrevista à rádio ‘France Bleu Loire Océan'”.
A vítima, que preferiu não ter o nome divulgado, recebeu o diagnóstico em 2014 de carcinoma no órgão genital, uma espécie de tumor maligno. À época, quando tinha apenas 30 anos. Desde então, foram realizados diversos procedimentos invasivos até 2017 para remover o câncer.
Agora com 38 anos de idade, o homem concedeu entrevista a uma rádio. Ele afirmou ao veículo que está com “ódio” pelo ocorrido. “Tenho ódio desse médico que não me ouviu. Jogou roleta russa comigo! Aí, não sinto mais nada”, lamentou.
Falectomia
A amputação do pênis, também conhecida cientificamente como penectomia ou falectomia, ocorre quando o órgão sexual masculino é removido completamente ou quando apenas uma porção é retirada.
Embora este tipo de cirurgia seja mais frequente em casos de câncer de pênis, também pode ser necessária após acidentes, traumas e lesões graves, como pancada forte na região íntima ou ser vítima de mutilação.
No caso de homens que pretendem fazer alteração de sexo, a remoção do pênis não é chamada de amputação, uma vez que é feita uma cirurgia plástica para recriar o órgão sexual feminino, sendo então chamada de neofaloplastia.