Pacientes que chegam de Manaus em Goiânia apresentam mutação do coronavírus

Segundo informações cedidas ao Jornal Diário do Estado por médicos que atuam na linha de frente contra a Covid-19 em Goiânia, os pacientes que têm chegado na capital goianiense vindos de Manaus apresentam uma mutação do coronavírus.

Desde que teve início o colapso na saúde de Manaus, que criou um cenário de falta de oxigênio para os pacientes e morte de diversas pessoas que precisavam do recurso para sobreviver, Goiás já recebeu 32 pacientes do Amazonas. O governador Ronaldo Caiado reservou leitos no Hospital das Clínicas, em Goiânia, para receber os enfermos. Além disso, os pacientes também foram encaminhados para o Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (Hmap).

Devido ao descobrimento da nova variante do coronavírus no estado do Amazonas, o estado já sofre restrições. O estado do Pará proibiu embarcações oriundas do Amazonas, por exemplo. Segundo nota divulgada pela Fiocruz no último dia 13, a nova variante brasileira é recente, provavelmente surgida entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021.

Ainda não se sabe se a nova variante tem alguma influência no cenário de colapso vivido em Manaus ou se ela é mais transmissível. De acordo com o governador do Amazonas, Wilson Lima, o hospital de campanha, que foi aberto quando o estado enfrentou o primeiro pico de internações entre abril e maio, entrou novamente em funcionamento para auxiliar o tratamento dos novos infectados.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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