Pacientes são transferidos às pressas após queda de energia em hospital de Jaraguá

Uma queda no fornecimento de energia do Hospital Estadual de Jaraguá (HEJA), fez com que o hospital precisasse transferir três pacientes da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para Anápolis, a cerca de 80 quilômetros do município.

A transferência ocorreu depois que o gerador da unidade de saúde pegou fogo, deixando o local sem energia por duas horas e meia. De acordo com a direção do hospital, o problema foi causado por uma sequência de quedas no fornecimento de energia elétrica, que sobrecarregou o sistema e provocou o curto circuito no gerador . 

“O disjuntor do transformador da Enel que abastece a unidade sofreu uma pane geral com princípio de incêndio que foi logo controlado. O gerador foi desligado por medida de precaução, o que gerou uma falta de energia no sistema elétrico do hospital”, informou a unidade de saúde. 

Pacientes seguem bem

O HEJA, por meio de nota, também explicou que não houve eventos adversos entre os pacientes que ficaram e o sistema de baterias supriu a demanda para equipamentos e respiradores até a normalização do funcionamento. 

Além disso, não houve qualquer risco à segurança dos pacientes, conforme a unidade de saúde. A direção do hospital afirmou que todas as autoridades foram notificadas do ocorrido para terem ciência da dificuldade de fornecimento regular de energia elétrica. 

“Os órgãos competentes têm ciência da incapacidade da linha e do transformador da Enel que fornece energia elétrica para a unidade e das constantes quedas do fornecimento”, concluiu. 

Enel rebate 

Questionada, a Enel afirmou que as falhas mencionadas no hospital e no gerador da unidade não tiveram nenhuma relação com eventos na rede de distribuição fornecida pela empresa. A companhia, através de nota, informou que uma equipe esteve no local e identificou que se tratava de um defeito interno. 

“Foi solicitado à equipe de manutenção do hospital o desligamento da energia da unidade para que a equipe do hospital realizasse a manutenção interna, que é de responsabilidade da unidade. Com isso, foi acionado o gerador interno”, pontuou. 

A Enel afirma também que, mais tarde, a equipe de manutenção do hospital informou que o gerador interno apresentou problemas e a companhia disponibilizou um gerador para a unidade. 

“Assim que nosso equipamento chegou fomos informados que o defeito no gerador já havia sido corrigido e que não seria necessária a instalação do equipamento cedido pela Enel. Apesar de o defeito apresentado na terça-feira estar relacionado a um defeito interno na unidade consumidora, a Enel fará uma análise técnica da rede e equipamentos que atendem o Hospital. A companhia ressalta, ainda, que monitora e prioriza todas as ocorrências que impactam unidades de saúde no Estado”, disse.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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