Foco será em ‘fortalecer o SUS’ e reduzir espera, diz Padilha sobre nomeação no Ministério da Saúde
Atual ministro chefe da articulação política do governo, Padilha volta ao ministério da Saúde, pasta que já comandou em gestão anterior do PT.
O futuro ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse nesta terça-feira (25) que recebeu o comando do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) e reduzir o tempo de espera nos atendimentos.
Alexandre Padilha em entrevista coletiva na Câmara dos Deputados em 12 de fevereiro de 2025. — Foto: Gil Ferreira/Ascom-SRI
> “Fortalecer o SUS continuará sendo a nossa grande causa, com atenção especial para a redução do tempo de espera de quem busca cuidado na rede de saúde. Esse é o comando que recebi do presidente Lula e ao qual vou me dedicar integralmente”, afirmou o hoje ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência da República.
A mensagem consta de uma publicação nas redes sociais pessoais do ministro.
Padilha também elogiou a atual titular da Saúde, Nísia Trindade, que deixa o cargo após um longo processo de ‘fritura’ que culminou em sua demissão nesta terça-feira.
É a oitava troca de ocupantes de ministérios no atual mandato de Lula.
> Lula demite Nísia após fritura constrangedora e agora busca mais visibilidade para a Saúde
“Símbolo de compromisso e seriedade à frente da Fiocruz e do Ministério da Saúde, Nísia deixa um legado de reconstrução do SUS, após anos de gestões negacionistas, que nos custaram centenas de milhares de vidas”, disse ele.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, e o presidente Lula em imagem de 2023 — Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República
CURRÍCULO
Médico sanitarista, doutor em Saúde Pública e professor universitário, Padilha já comandou a pasta da Saúde uma vez, entre 2011 e 2014, durante o primeiro mandato de Dilma Rousseff. Foi durante sua gestão que foi criado o programa Mais Médicos.
Deputado federal pelo PT em seu segundo mandato, Padilha foi secretário de relações governamentais da prefeitura de São Paulo em 2015 e secretário municipal de Saúde da cidade entre 2015 e 2016, ambo na gestão de Fernando Haddad.
Homem de confiança de Lula, ele assumiu a articulação política do governo no terceiro mandato do presidente, mas sofreu críticas pela dificuldade nas negociações com o Congresso Nacional, especialmente com os partidos do chamado Centrão.
> Centrão é o nome de um bloco informal na Câmara dos Deputados que reúne parlamentares de legendas de centro e centro-direita. O grupo é menos conhecido por suas bandeiras e mais pela característica de se aliar a governos diferentes, independentemente da ideologia.
O então presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou em diversas oportunidades que a base de Lula era frágil e chegou a romper relações com Padilha.