Padrasto é indiciado por morte de adolescente em Alvorada do Norte

Padrasto é indiciado por morte de adolescente que teve perna triturada em máquina agrícola

A Polícia Civil concluiu as investigações do caso do adolescente que morreu ao ter a perna triturada por uma máquina agrícola em Alvorada do Norte, no Nordeste de Goiás. Foi determinado que o padrasto do garoto, de 35 anos, cometeu crime culposo por ter agido com negligência ao permitir que o jovem operasse o equipamento. 

De acordo com as investigações, a família explora recursos naturais de uma propriedade rural como forma de sustento da familiar. O adolescente frequentava a rede pública de ensino e ajudava nas tarefas do lar nas horas vagas.

O acidente ocorreu no último sábado, 24. A vítima estava ajudando o padrasto em um serviço de roçagem e moagem de capim, com finalidade de fazer ração para gado. O padrasto cortava o capim com uma máquina do tipo roçadeira enquanto o adolescente pegava o capim já cortado e colocava na máquina de moagem, do tipo ensiladeira. 

Em um determinado momento, o adolescente prendeu a perna no equipamento, fazendo com que os órgãos genitais e o membro fossem dilacerados. O Corpo de Bombeiros foi acionado para prestar socorros e os militares precisaram fazer um corte na máquina agrícola com o desencarcerador para retirar o garoto. Ele foi levado até o Hospital Municipal de Alvorada do Norte, mas foi a óbito por choque hipovolêmico. 

O padrasto foi indiciado por crime culposo, quando não há intenção de matar, já que a máquina em questão não contava com nenhum tipo de mecanismo de segurança. 

O inquérito policial foi remetido ao Poder Judiciário para as medidas legais cabíveis.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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