Um casal foi preso preventivamente pela Polícia Civil de Goiânia na segunda-feira, 07, acusado de estupro de vulnerável. A vítima, hoje com 20 anos, sofreu abusos do padrasto desde os 12 — com o conhecimento da própria mãe.
Em depoimento à Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deaem), a jovem revelou que era obrigada a manter relações sexuais com o padrasto duas vezes por semana, sob ameaça de perder o direito de trabalhar e usar o celular. Mesmo após completar 18 anos, os abusos continuaram.
Mãe de uma bebê de oito meses, a vítima relatou que precisava deixar a filha ao lado da cama durante os estupros. A polícia solicitou exame de DNA para investigar se o padrasto é o pai da criança.
Os abusos começaram quando a vítima tinha 12 anos. Na época, o agressor batia em suas mãos com uma colher para não deixar marcas visíveis. A mãe, segundo a delegada Gabriela Adas, sabia dos crimes desde o início: ao descobrir que a filha não era mais virgem, optou por não denunciar o marido.
Há indícios de que a mãe consentia com a violência: o padrasto estabeleceu “regras” para a vítima, como a obrigação de relações sexuais em troca de permissão para trabalhar e sair.