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Padrasto matou menino de 9 anos a pedido da mãe, diz delegado

Última atualização 23/05/2017 | 15:36

O garoto Antônio Jorge Ferreira da Silva, de 9 anos, foi morto pelo padrasto a mando mãe, segundo afirmou o delegado Valdemir Pereira, responsável pelo caso. De acordo com as investigações da Polícia Civil, Renato Carvalho Lima, de 20 anos, enforcou a criança a pedido da mãe Jeannie da Silva de Oliveira, de 27 anos, pois ela não queria mais “ter responsabilidades com o filho”.

“A mãe já tinha combinado com o Renato a morte do filho. Na sexta-feira ela entregou a chave para o Renato e disse que o menino estava sozinho em casa. O Renato foi lá, abriu a porta e perguntou se a criança estava com fome. Ele o chamou para ir à padaria lanchar. Após o lanche, o Renato o levou para a casa, aproveitando a ausência da mãe, e matou o garoto enforcado”, explicou o delegado.

Suspeita de abuso

Vizinhos de Antônio Jorge relataram à polícia que viram Renato tentando beijar o garoto à força há cerca de um mês. De acordo com Valdemir Pereira, a hipótese não foi descartada, mas a investigação não encontrou indício de abuso sexual. “Não há nenhum indício forte de que a criança foi molestada”, afirmou.

Falso sequestro

O casal Jeannie e Renato tentou simular o sequestro de Antônio Jorge. Eles foram até a Central de Flagrantes da Polícia Civil na noite de domingo para dar a falsa notícia de sequestro. Jeannie afirmou ao escrivão e ao delegado plantonista que quatro homens em um Voyage prata capturaram o garoto em uma rua da Vila Luciana quando a criança estava com o padrasto.

Na primeira versão apresentada pelo casal, eles disseram que os sequestradores alegaram que só devolveriam Antônio Jorge mediante o pagamento de R$ 1,8 mil. Durante os depoimentos, porém, a polícia notou que a tese de sequestro não se sustentava .

“Ao interrogar a mãe e o padrasto, percebemos que a história deles não estava certa. Depois de muitas horas de conversa, Renato acabou confessando o crime. Eles tiveram tempo para elaborar uma história com o objetivo de acobertar o crime”, disse o delegado Valdomiro Pereira.