“Se tiver 1% de chance, vamos recorrer novamente”, diz padrasto de jovem morto
por ex-PM inocentado de crime pela segunda vez
Tiago Morais Lopes atirou em Matheus Gustavo Silva após discussão, em julho de
2020, em Franca (SP). O primeiro julgamento foi anulado pelo Tribunal de Justiça.
Júri decide pela absolvição de ex-PM em Franca pela segunda vez
Padrasto do barbeiro Matheus Gustavo Silva, que morreu baleado pelo ex-policial
militar Tiago Morais Lopes, Cesar Costa, disse que a família deve tentar,
novamente, recorrer da decisão que absolveu o réu pela segunda vez nesta
quinta-feira (13).
O crime aconteceu em julho de 2020 em Franca (SP) e o policial
sempre afirmou ter reagido a uma tentativa de assalto. O primeiro júri foi
realizado em junho do ano passado, mas foi anulado pelo Tribunal de Justiça de
São Paulo (TJ-SP), que determinou um novo julgamento.
> “Se tiver 1% de chance, nós vamos recorrer novamente. Da outra vez, ninguém
> acreditou que a gente teria condições de voltar aqui e aquele 1% fez a gente
> voltar aqui novamente”, diz Cesar.
A defesa da família de Matheus disse que respeita a decisão, mas vai recorrer
mais uma vez.
“Foi feito tudo que estava ao alcance. Foi demonstrado aos jurados realmente o
que aconteceu, os fatos como foram, e a Justiça decidiu pela absolvição”, disse
o advogado Hugo Amorim Côrtes.
O barbeiro Matheus Gustavo Silva, morto a tiros em 2020 em Franca (SP).
À EPTV, afiliada da TV Globo, Cesar disse que todos ficaram tristes com o
resultado.
> “Ainda acreditamos que é uma injustiça, que ele é um assassino. Ele confessou
> que é um assassino, ele confessou o que ele fez, os disparos. O depoimento
> muito fraco, muito vazio. O Matheus não está mais aqui para se defender e foi
> uma injustiça, mas saímos daqui de cabeça erguida”.
Mãe de Matheus, Simone da Silva, disse que espera por uma nova Justiça, mas
acredita que o fato de Tiago ter sido expulso da corporação já é motivo para ter
esperança.
“Deus me deu força para fazer, novamente, a Justiça. Saio daqui hoje com o
coração sangrando, mas de cabeça erguida e a gente sabe que o Matheus, de fato,
foi vítima. Ele é vítima. O assassino continua livre, porém, expulso. Ele é
ex-policial militar. Ele não volta mais para a polícia”.




