Padre Airton, acusado de crimes sexuais, terá 1ª audiência de instrução nesta quarta-feira, em Buíque
Líder religioso foi acusado de cometer crimes sexuais contra personal stylist nas propriedades da Fundação.
Acontece na quarta-feira (8) a primeira audiência de instrução e julgamento do caso do Padre Airton, da Fundação Terra, acusado de cometer crimes sexuais. A informação foi confirmada ao DE Caruaru pelo advogado de uma das vítimas, Rafael Nunes.
A audiência de instrução e julgamento é conhecida como um ato processual solene e serve principalmente para colher todas as provas das partes e todos os depoimentos das testemunhas, juntamente com as provas orais a fim de tentar convencer o julgador. Ela é feita através de uma sessão pública e é comandada por um juiz.
A audiência está marcada para começar às 8h em Buíque, no Agreste de Pernambuco, local onde os abusos aconteceram, segundo a defesa das vítimas.
ACUSAÇÃO
A personal stylist Silvia Tavares de Souza acusa o sacerdote de participar de um estupro sobre o qual denunciou ter sido vítima, em agosto de 2022 (assista ao relato abaixo). No dia 31 de maio de 2023, ela foi ao Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual, no Centro do Recife, para pedir a conclusão da investigação do caso.
O caso corre em segredo de Justiça e é investigado pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e pela Polícia Civil, que receberam a denúncia em novembro e dezembro de 2022, respectivamente. No dia 30 de maio, o padre foi suspenso pela Diocese de Pesqueira, no Agreste do estado (saiba mais abaixo).
O crime de estupro, segundo a mulher, foi praticado a mando do padre, por um motorista dele, chamado Jailson Leonardo da Silva, de 46 anos. O padre Airton Freire negou as acusações.
Segundo Sílvia Tavares, a relação que tinha com o padre Airton era de muita proximidade. Ela disse que chamava ele de “padinho” e que ele a chamava de “minha princesa”. A devoção era tanta que a mulher tatuou na pele o símbolo da Fundação Terra e a frase “Padre Airton: creio em Deus pai”.