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Padre candidato a vice-prefeito denuncia extorsão por falsos delegados e vídeos adulterados

Última atualização 05/09/2024 | 17:08

O padre e empresário Milton Justus, de 54 anos, candidato a vice-prefeito em Piracanjuba (GO) pelo PDT, registrou uma ocorrência na Delegacia de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil de Goiás (PCGO). Ele denuncia uma tentativa de extorsão praticada por falsos delegados. Justus afirma que os criminosos o chantageiam por meio de mensagens no WhatsApp. Os criminosos utilizam vídeos adulterados que supostamente o mostram comprando e usando drogas. A produção das mídias teria envolvido o uso de inteligência artificial.
 
As tentativas de extorsão começaram em janeiro de 2023. Justus havia retornado de uma viagem a Balneário Camboriú (SC). As tentativas se intensificaram recentemente, após o lançamento de sua candidatura a vice-prefeito. Os criminosos pediram inicialmente R$ 3 mil para não divulgarem os vídeos. O padre se recusou a pagar. Desde então, as ameaças se tornaram mais frequentes e passaram a envolver também a esposa de Justus, que também recebeu mensagens.
 
Em uma das mensagens enviadas pelos falsos delegados, os bandidos ameaçaram divulgar os vídeos adulterados para um jornal de Goiás. “É a última vez que tento resolver com você de forma amigável. Estarei te enviando alguns vídeos de muitos que tenho, [que mostram] o senhor falando o que não deve, se drogando e comprando drogas”, dizia uma das ameaças.
 
Milton Justus, padre da Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia e vice-presidente da instituição na América Latina, relatou à polícia o seu encontro com dois jovens durante sua viagem em dezembro de 2022. Eles o acompanharam até seu hotel, e um deles o gravou sem seu conhecimento. Ao retornar para Piracanjuba, ele recebeu vídeos de visualização única, com conteúdo adulterado. Os criminosos pediam dinheiro em troca da não divulgação das imagens.
A Polícia Civil de Goiás investiga o caso. A suspeita é de que a rede criminosa envolva integrantes de Goiás e Santa Catarina. O advogado de defesa de Justus, Alexandre Pinto Lourenço, alerta para a utilização crescente da tecnologia para adulterar vídeos e extorquir pessoas. Ele reforça a importância de que as vítimas recorram às autoridades para que as medidas cabíveis sejam tomadas. Até o momento, nenhum dos vídeos temporários vinculou o padre ao uso ou compra de drogas. Justus segue negando qualquer envolvimento com as acusações forjadas.
com informações do Mais Goiás