O padre Fabiano Santos Gonzaga foi condenado a 15 anos de prisão pela juíza Vaneska Baruki, em Caldas Novas, no sul goiano. O homem havia sido denunciado por abusar de um adolescente, que sofre de deficiência mental, em um clube da cidade em junho de 2016.
O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) confirmou que a sentença foi dada no último dia 23 de maio e deve ser cumprida em regime fechado. No entanto, outros detalhes não foram revelados, pois o caso corre em segredo de Justiça.
A advogada do padre, Lorena Paixão Nascimento, informou ao G1, por telefone, que, apesar de não ter tido acesso à decisão, vai recorrer da sentença.
Já a delegada responsável pela investigação do caso, Sabrina Leles, relatou que o padre foi condenado pelo crime de estupro de vulnerável. “Como a vítima sofre de deficiência mental, ele não teve como se defender, por isso há essa agravante. Ele foi condenado com a pena máxima para o crime, que é de 15 anos de prisão”, disse ao G1.
O pároco já havia sido afastado por tempo indeterminado do exercício pela Arquidiocese de Uberaba, que responde pelo município de Frutal (MG), onde atuava. A decisão foi tomada pelo órgão ainda em junho de 2016, dias após o crime.
Abuso
O padre foi preso em Caldas Novas no dia 4 de junho do ano passado suspeito de cometer o abuso. Na época, a Polícia Civil informou que a vítima havia contado sobre o crime para a mãe, que acionou a corporação. Também na data do ocorrido a mãe apresentou documentos comprovando que o filho sofria de distúrbios mentais e epilepsia.
Durante a investigação, a Polícia Civil encontrou pornografia no celular do padre. A delegada já havia dito que, apesar do pároco negar o abuso, uma análise psicológica realizada na vítima levanta indícios sobre o crime.
Fonte: G1