Um dos dois únicos padres exorcistas de Santa Catarina relata possessões e rituais: ‘Ele entra e sai calado’
Padre Carlos, atualmente com 59 anos, enfatiza que a prática não é uma profissão ou uma qualificação – e sim, um dom. Ele vive solo na igreja onde realiza os atendimentos.
Longe da atmosfera sombria retratada em filmes de terror, o Eremitério Diocesano Santa Maria dos Anjos, em São João do Itaperiú, é o local onde vive um dos dois padres exorcistas de Santa Catarina nomeados pela Igreja Católica. O sacerdote Carlos Afonso Gonçalves de Sousa, aos 59 anos, logo esclarece que o exorcismo não é uma profissão ou uma qualificação, mas um dom.
Desde 2010, o sacerdote vive em isolamento, dedicando-se à oração e ao atendimento de fiéis, auxiliares e pessoas em busca de conselhos. No entanto, sua rotina pacata é frequentemente interrompida por encontros com o próprio diabo, que passou a frequentar o local desde que o padre Carlos se tornou exorcista.
Ele explica que a atividade de exorcismo é um dom concedido a pessoas com um espírito forte, iluminado e de oração. Portanto, é fundamental ser escolhido por Deus e nomeado pelo bispo, como ele foi por Dom Francisco Carlos Bach, bispo de Joinville, a maior cidade da região.
Nascido no Acre, Carlos desfrutou de uma vida de solteiro antes de receber o chamado aos 30 anos, quando iniciou o seminário em Joinville. Lá, cursou pedagogia e terapia ocupacional antes de se tornar padre, eremita e, por fim, exorcista.
Ao refletir sobre sua trajetória, percebeu que seu dom já se manifestava na infância. Ele aponta que algumas pessoas nascem com essa abertura espiritual, o que as torna mais suscetíveis à possessão. O próprio padre Carlos já teve medo do demônio, mas com o tempo e a prática, perdeu o medo e se tornou um exorcista renomado.guardado pela remoção do serviço do serviço
Seus relatos sobre encontros com o demônio no Eremitério são impressionantes. O padre Carlos enfrenta esses desafios com coragem e fé, utilizando seu dom para ajudar as pessoas a se libertarem de influências malignas e encontrarem a paz interior. Ele é testemunha de que, mesmo em um lugar isolado como o Eremitério, a batalha entre o bem e o mal é constante.