Padre Genivaldo é denunciado por mais quatro crimes após novos depoimentos

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Padre preso por abusos sexuais no Paraná é denunciado por mais quatro crimes após novos depoimentos

O religioso responde por 25 crimes contra 16 vítimas, segundo o Ministério Público. Ele está preso desde o dia 24 de agosto.

Ministério Público oferece denúncia contra o padre investigado em Cascavel

O padre afastado Genivaldo Oliveira dos Santos, de 42 anos, preso desde agosto deste ano por crimes sexuais, foi denunciado por mais quatro crimes após novos depoimentos colhidos pelo Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), em Cascavel, no oeste do Paraná.

As novas acusações envolvem três vítimas da mesma família, de 17, 18 e 48 anos, segundo o Ministério Público do Paraná (MP-PR).

Segundo a promotoria, o adolescente, de 17 anos, foi vítima de estupro e importunação sexual, enquanto a irmã e a mãe, de 18 e 48 anos, teriam sido induzidas à distribuição e ao consumo de drogas. Os três foram atendidos pelo padre na casa paroquial da igreja onde ele atuava, em 2023.

A defesa de Genivaldo informou ao DE que “está levantando provas que vão colocar em cheque os relatos das vítimas”.

A RPC, afiliada da TV Globo, questionou a Cúria de Cascavel sobre os relatos de que os crimes ocorrem dentro da casa paroquial, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

As novas vítimas procuraram o Nucria na última segunda-feira (6), e no mesmo dia as denúncias foram encaminhadas à Promotoria de Justiça e anexadas ao processo.

Com o aditamento, o padre passa a responder por 25 crimes cometidos contra 16 vítimas, conforme o MP. Se condenado, as penas somadas podem passar de 500 anos de prisão, segundo a polícia.

Entre as acusações estão nove estupros de vulnerável, dois casos de violação sexual mediante fraude (um tentado e outro consumado), seis de importunação sexual, um de entrega de substância nociva à saúde e sete de tráfico de drogas, por vender, entregar ou ministrar entorpecentes. As vítimas tinham entre 12 e 48 anos na época dos fatos.

Além da condenação criminal, a Promotoria requer que o religioso pague indenização por danos morais e materiais a cada vítima, com valores que variam entre R$ 20 mil e R$ 150 mil.

O Ministério Público também pediu a manutenção da prisão preventiva do padre, alegando risco à ordem pública e à instrução do processo.

O órgão aguarda o recebimento da denúncia e o deferimento da ação penal pelo Poder Judiciário.

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