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Padre rebate Janaina Paschoal e diz que a ”corrupção mantém a Cracolândia”

A deputada estadual, Janaina Paschoal, criticou o padre Júlio Lancelloti e a Pastoral do Povo da Rua de São Paulo pela distribuição de comida a dependentes químicos. Pelas redes sociais, a deputada afirmou que “a distribuição de alimentos na Cracolândia só ajuda o crime”, e que “os voluntários ajudariam se convencessem os assistidos a fazer tratamento e ir para os abrigos”. “a distribuição de alimentos na Cracolândia só ajuda o crime”, e que “os voluntários ajudariam se convencessem os assistidos a fazer tratamento e ir para os abrigos”.

As declarações foram feitas depois que o padre acusou a Polícia Militar de intimidar agentes da pastoral no bairro da Luz, no Centro de São Paulo. De acordo com denúncias, policias tentaram evitar que comida fossem entregues aos moradores de rua. A postagem de Janaina foi criticada nas redes sociais e ela voltou a dizer que o problema na região existe há anos e que “alimentar no vício só estimula o ciclo vicioso”.

Em resposta, o padre Lancellotti reproduziu um meme com imagens que representa a deputada dormindo enquanto o número de brasileiros que morreram em decorrência a Covid-19 se aproxima dos 600 mil. Depois, a deputada acorda e se revolta com a doação de alimentos.

Ao UOL, o religioso disse que ”alimentar as pessoas na Cracolândia é uma questão humanitária. Não seria matá-los de fome que resolveria o problema”. Júlio Lancellotti afirmou ainda que “dividir a comida estabelece vínculos com os dependentes de drogas” e que a “não é o alimento que mantém a Cracolândia, mas a corrupção”.

O padre convidou a deputada para visitar a região e as igrejas que trabalham para ajudar a população de rua e conhecer pessoas que venceram no vício das drogas. Em sua rede social, o religioso postou um vídeo agradecendo aos que se solidarizam com o trabalho Pastoral do Povo da Rua de São Paulo e afirmou que o “objetivo não é distribuir comida, mas ser alimento, força e esperança para aqueles que estão esquecidos, marginalizados e excluídos”.

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