Pagodeiro do PCC é preso na Bahia e transferido para penitenciária de São Paulo

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‘Pagodeiro do PCC’ é transferido para penitenciária de São Paulo após meses
preso na Bahia

Vagner Borges Dias, o Latrell Brito, acumula penas que ultrapassam 50 anos de
prisão. Ele foi preso em janeiro na cidade de Jacuípe, no litoral da Bahia.

Latrell Brito cumula penas que ultrapassam 50 anos de prisão — Foto:
Reprodução/Redes Sociais

Conhecido como “pagodeiro do PCC”, Vagner Borges Dias, o Latrell Brito, foi
preso em janeiro na Bahia e, nesta semana, foi transferido para um presídio de
São Paulo. De acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária do Estado,
ele está sob custódia na Penitenciária de Casa Branca desde segunda-feira (6).

Latrell é dono de empresas suspeitas de ligação com o Primeiro Comando da
Capital (PCC) e já acumula penas que ultrapassam 50 anos de prisão. No Alto
Tietê, ele foi condenado a mais de 30 anos por liderar um esquema de fraudes em
licitações de Arujá.

Em 30 de junho deste ano, ele também foi condenado a 26 anos e 8 meses de prisão
em regime fechado, pela 2ª Vara Criminal de Mogi das Cruzes. Na
ocasião, ele foi condenado por cometer o crime de lavagem de dinheiro por cinco
vezes.

Ele também teve a prisão preventiva decretada, no dia 16 de setembro,
acusado de frustrar e fraudar o Pregão Eletrônico nº 53/2023 da Prefeitura de
Ferraz de Vasconcelos para obter vantagens.

Justiça decreta prisão de empresário ligado ao PCC

Latrell foi preso no dia 27 de janeiro na cidade de Jacuípe, no litoral da
Bahia, onde usava um nome falso. Ele estava foragido desde abril de 2024, quando a Operação Munditia apreendeu
documentos e mostrou que o grupo do qual ele fazia parte conseguiu contratos em
algumas cidades pagando propinas a agentes políticos.

A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização da Bahia informou
que ele foi transferido para São Paulo na última quinta-feira (2).

Operação

Em janeiro deste ano, ex-servidores da Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos foram
exonerados por envolvimento no esquema investigado pela Operação Munditia.

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou ao Tribunal de Justiça de
São Paulo (TJSP) o ex-prefeito Flavio Batista de Souza, o Inha, de Ferraz de
Vasconcelos, por fraudes em licitações. Além de Inha, outras nove pessoas também
foram denunciadas, incluindo Latrell Brito.

Segundo o MPSP, a suspeita é que o grupo tenha fraudado licitações para
favorecer uma empresa ligada ao PCC. Em abril do ano passado, Inha, além dos
ex-vereadores Luiz Carlos Alves Dias, de Santa Isabel, e Ricardo Queixão, de
Cubatão, foram presos na Operação Munditia.

Antes disso, em abril de 2024, a operação cumpriu mandados de busca e apreensão
em um imóvel de Latrell, em Mogi das Cruzes. Os policiais tinham um mandado de prisão temporária contra o empresário, mas ele
não estava no local.

De acordo com o boletim de ocorrência, na casa, que fica em um condomínio de
alto padrão da cidade, foram apreendidas três pistolas, além de 89 munições
calibre .380, 50 munições calibre .40 e mais 30 munições 9mm. Todo o armamento
estava relacionado a Latrell.

Na condenação de junho, além da pena, a Justiça ordenou o confisco de três
imóveis de Latrell adquiridos com recursos de origem criminosa. Outros dois
imóveis citados na investigação não foram incluídos porque já haviam sido
vendidos. O juiz negou o pedido do Ministério Público para indenização por dano
moral coletivo, entendendo que não houve comprovação de prejuízo direto à
sociedade.

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