Pai agride professor no DF em defesa da filha com deficiência visual

“Surto momentâneo”, diz defesa de pai que agrediu professor no DF

Professor do CED 4, no Guará, levou socos na cabeça e ficou com olho roxo e hematomas nas costas. Agressor vai responder por lesão corporal, injúria e desacato, e alega ter agido em defesa da filha.

Pai de aluna dá socos em professor e é contido pela própria filha com mata-leão

O pai que agrediu um professor no Distrito Federal
de manifestou sobre a agressão ocorrida em uma escola pública da capital. Em nota, o homem afirma que se arrepende das agressões e declara que teve um “surto momentâneo” na tentativa de proteger sua filha.

O caso aconteceu na última segunda-feira (20) no Centro Educacional 4 do Guará,
de; quando um professor foi agredido com nove socos por um pai. A agressão teria sido motivada por uma bronca do docente, após pedir que a aluna parasse de mexer no celular em sala de aula.

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de

> “O meu cliente se arrepende das agressões feitas ao ‘professor’, reconhecendo
> que agiu de forma incorreta diante da situação, sem dúvida alguma foi um surto
> momentâneo de um pai que só queria proteger sua filha, que é a verdadeira
> vítima no ocorrido”,

O pai foi identificado como Thiago Lênin Sousa. Na nota, a defesa do agressor
diz ainda que agiu em defesa da filha, que possui deficiência visual e, no dia
da referida bronca, estava sem os óculos e por isso usava o celular para
auxiliá-la com a disciplina.

> “Ocorre que o referido ‘professor’ ao vê-la usando o celular, proferiu
> palavras de baixo escalão dentro da sala de aula que não posso usá-las aqui
> por não ser conveniente. A adolescente se sentiu humilhada com as palavras
> usadas pelo ‘professor’, que deveria ser um exemplo de educador em uma sala de
> aula”, diz o texto (leia na íntegra abaixo).

A AGRESSÃO

Câmeras de segurança registraram o momento
de; em que Thiago entra na sala de coordenação do CED 04 e agride o professor (veja o
vídeo acima).

Nas imagens, é possível ver quando ele dá uma sequência de socos na cabeça do
educador, que tenta se proteger antes de o agressor ser contido por outros
funcionários.

Os registros ainda mostram quando a filha do agressor tenta separar a briga
aplicando um “mata-leão” no próprio pai para impedir que ele continuasse as
agressões.

O professor ficou com olho roxo e hematomas nas costas após a agressão. O pai
deve responder pelos crimes de lesão corporal, injúria e desacato.

1 de 2 Filha aplica ‘mata-leão’ no pai após ele agredir professor no DF — Foto:
TV Globo/Reprodução

Filha aplica ‘mata-leão’ no pai após ele agredir professor no DF — Foto: TV
Globo/Reprodução

“COSTUMA XINGAR ALUNOS”

Segundo o relato do agressor contido no Boletim de Ocorrência, a filha o
contatou por telefone, informando que o professor estava proferindo xingamentos
contra ela.

Segundo o documento, uma amiga da filha informou que o professor costuma xingar
os alunos.

Na nota enviada pela defesa do pai da aluna, ele afirma que a filha tem recebido
mensagens de apoio e declara que os alunos realizaram um “abaixo assinado
requerendo a sua transferência do colégio”.

2 de 2 Imagens de câmera de segurança mostram momento da agressão em escola no
DF — Foto: TV Globo/Reprodução

Imagens de câmera de segurança mostram momento da agressão em escola no DF —
Foto: TV Globo/Reprodução

O QUE DIZ A DEFESA DO PAI

Nos últimos dias a imprensa tem noticiado o fato ocorrido em uma
escola na cidade do Guará/DF, onde um pai desesperado pelo pedido de ajuda de sua filha
agiu de forma sem pensar e agrediu um “professor”. Sem dúvida alguma a atitude
do meu cliente é reprovável e inaceitável, contudo, jamais pode ser
criminalizado como estar sendo.

O meu cliente se arrepende das agressões feitas ao “professor”, reconhecendo que
agiu de forma incorreta diante da situação, sem dúvida alguma foi um surto
momentâneo de um pai que só queria proteger sua filha, que é a verdadeira vítima
no ocorrido.

Vale ressaltar, que a adolescente possui deficiência visual e estava sem o
óculos no dia do ocorrido, e precisa do auxílio do celular para copiar a matéria
na lousa. O que fez durante todas as aulas de outros professores, sem problema
algum.

Ocorre que o referido “professor” ao vê-la usando o celular, proferiu palavras
de baixo escalão dentro da sala de aula que não posso usa-las aqui por não ser
conveniente.

A adolescente se sentiu humilhada com as palavras usadas pelo “professor”, que
deveria ser um exemplo de educador em uma sala de aula. O mínimo que se espera
de alguém que se formou para ensinar educação e ser educado, respeitoso e saber
conversar com as pessoas, principalmente seus alunos.

Os alunos comovidos da forma humilhante, grosseira e desrespeitosa em que a
colega fora tratada pelo “professor”, se revoltaram contra o mesmo” e começou
uma discussão generalizada na sala de aula até que vários alunos ligaram para o
meu cliente informando o que estava acontecendo.

A atitude desse “professor” que já é conhecido nas redes sócias como “professor
opressor” e outros adjetivos pejorativos, fez com que os alunos fizessem um
abaixo assinado requerendo a sua transferência do colégio.

A adolescente vem recebendo várias mensagens de apoio de vários alunos da rede
pública de educação, contudo, o que a mesma quer é voltar para a sua vida
normal, e já está sendo assistida por um psicólogo e psiquiatra.

Diante do exposto, meu cliente reitera o seu arrependimento pelas vias de fatos,
sabendo que essa atitude tomada nunca será a melhor solução para o problema.
Porém, infelizmente dentro de algumas escolas ainda tem profissionais que
deveriam ser o exemplo de um educador, que deveriam tratar seus alunos de forma
respeitosa, justas e honesta, continuam na suas arrogâncias achando que a melhor
maneira de educar e sendo mal-educado um verdadeiro contra senso.

Professor é agredido depois de discussão por uso de celular em sala de aula

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Pedro Lobo

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