Pai confessa que deixou filho preso em porta-malas de carro para fingir sequestro e conseguir dinheiro do resgate, diz Polícia Militar
Uma criança, de 6 anos, foi dada como desaparecida no dia anterior e encontrada cerca de 12 horas depois. Felizmente, ela passa bem. Os pais foram presos em flagrante e levados para a delegacia em Jardinópolis.
O pai do menino de 6 anos, encontrado no porta-malas de um carro em Jardinópolis (SP) na manhã desta sexta-feira (11), confessou à Polícia Militar que deixou o filho escondido no veículo para orquestrar um falso desaparecimento, simular um sequestro e obter o dinheiro do resgate.
A criança foi localizada após a família ter comunicado o desaparecimento à Polícia Civil. Ela foi encaminhada a uma unidade de saúde para receber atendimento médico e, felizmente, passa bem. Enquanto isso, outros três irmãos estão sob responsabilidade do Conselho Tutelar e os pais, Fabrício Henrique Bonetti e Maiara Maria dos Santos, ambos com 28 anos, foram presos em flagrante.
Um vídeo registrou o momento do resgate do menino e da prisão do pai. O capitão da PM Danilo Daltoso relatou que o pai justificou suas ações devido a dívidas financeiras, buscando com o falso sequestro arrecadar fundos para saldá-las.
Ao se recusar a trocar a fralda de um dos filhos no porta-malas do carro, a mãe despertou a suspeita dos policiais, que ao abrir o compartimento, encontraram a criança escondida. O G1 e a EPTV, afiliada da TV Globo, não conseguiram contato com a defesa do casal.
Ao procurar a polícia no dia anterior ao resgate, a mãe informou que deixou a criança em casa e foi brevemente a um estabelecimento próximo, mas ao retornar, não encontrou o filho. O vizinho relatou ter visto a criança seguindo um trenzinho e um homem teria feito contato pelo WhatsApp perguntando o valor do resgate.
A Polícia Militar realizou buscas na área próxima à residência da criança na quinta-feira, sem sucesso. O casal, Fabrício Henrique Bonetti e Maiara Maria dos Santos, foi detido em flagrante e permanece à disposição da justiça.