Pai de atirador em escola de São Paulo é indiciado por posse irregular de arma

O pai do atirador da escola de Sapopemba, na zona leste da capital paulista, foi indiciado com base nos artigos 12 e 13 do Estatuto do Desarmamento, que tratam de posse irregular de armas e falta de cautela no armazenamento para impedir acesso por menores de 18 anos. As informações são da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

No ataque a tiros na escola, no último dia 23, uma aluna morreu e três estudantes ficaram feridos. A Polícia Militar prendeu o autor dos disparos e a arma usada no crime. Os nomes das vítimas e do autor dos disparos não foram divulgados.

O pai do atirador prestou depoimento na quarta-feira ,25, no 69º Distrito Policial e, de acordo com a Polícia Civil, o indiciamento foi enviado à Justiça e as investigações prosseguem. O adolescente foi encaminhado para a Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (Fundação Casa).

Em entrevista à Folha de S. Paulo, o pai do jovem disse que tinha comprado a arma em 1994, por estar, na época, em um emprego que tinha risco, mas que, posteriormente, queria se desfazer do revólver, mas não sabia qual o procedimento.

Procurado pela Rádio Nacional, o advogado Antonio Edio, que representava a família do atirador, disse à reportagem que renunciou à defesa alegando motivos de foro íntimo. Um novo defensor ainda será registrado junto à Justiça.

Para se desfazer de armas de fogo legalizadas ou não, é possível acessar o site Ministério da Justiça e Segurança Pública, caso o sistema esteja indisponível, ou enviar e-mail solicitando informações.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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