Pai de bebê com mais de 30 lesões é preso, em Anápolis

O pai da bebê de 6 meses que foi levada ao hospital com mais de 30 faturas em Anápolis, foi detido na manhã desta quinta-feira (20). De acordo com testemunhas, o homem de 27 anos é ”altamente impulsivo e explosivo” na casa onde mora com a mulher e a bebê e que sua liberdade causa ”temor”.

O pai, que teria dito que machucou a criança sem querer, foi preso preventivamente e sob disposição do Poder Judiciário. A criança ainda se encontra no HUGOL, em Goiânia, há mais de uma semana, em estado grave e está sendo acompanhada pela mãe.

A bebê foi levada pelos pais até uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Anápolis na noite do dia 10 deste mês, depois que a criança começou a perder sinais vitais enquanto estava o colo do pai, na casa da família. A médica que atendeu a criança suspeitou de maus-tratos e avisou à Polícia Civil.

Durante o depoimento prestado pelo pai, ele teria dito que ficou ”surpreso” ao perceber a filha desfalecer em seu colo. De acordo com a delegada responsável pelo caso, Kênia Dutra afirmou que, durante o depoimento, o pai estava preocupado com a situação do bebê e pareceu tranquilo.

”Ele mesmo relatou que está difícil a concentração por causa da preocupação com a bebê, que está no hospital”, relatou Kênia.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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