Pai de bebê que morreu após ser atingido por celular é preso, em Valparaíso

O pai do bebê de 2 meses, que morreu após ser atingido com um celular, em Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, foi preso pela Polícia Civil (PC) nesta quarta-feira, 5, quase uma semana depois do incidente que vitimou a criança.

Segundo a delegada responsável pelo caso, Samya Barros, o jovem, de 25 anos, foi preso preventivamente para assegurar a conclusão das investigações que devem ocorrer ainda nos próximos dias. Caso condenado, ele poderá pegar uma pena de até doze anos de prisão.

“Ele pode ser indiciado por lesão corporal seguida de morte, como ele prestou socorro levando o menino para o hospital, a intenção pode ter sido lesionar e não matar. Ele continua com a mesma versão apresentada anteriormente, não mudou nada”, explicou a investigadora.

Discussão 

O menino morreu após ser atingido por um celular jogado pelo próprio pai na tentativa de atingir a esposa, de 21 anos. Samya, porém, pediu uma perícia no corpo devido à suspeita de que as lesões são incompatíveis com lesões culposas, quando não há intenção de machucar.

Depois de cometer o crime, na última quinta-feira, 29, o pai da vítima prestou depoimento na PC espontaneamente. A mãe da criança também compareceu à delegacia, e durante o depoimento, explicou que o casal estava discutindo em casa. Durante a briga, ela decidiu ir dormir, a fim de encerrar o bate-boca, sendo que o homem estava com o filho no colo. 

Nervoso, ele colocou o menino no bebê conforto e, posteriormente, ao lado da mãe, que estava deitada na cama. O homem pegou o celular da mulher e leu mensagens que não teria gostado. Para quebrar o aparelho, ele jogou o telefone em direção à mulher, mas atingiu o filho. A criança ficou internada, mas morreu no sábado, 1º, em razão dos ferimentos na cabeça.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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