Pai da criança que morreu afogada em máquina de lavar no PR, Alex dos Santos Assumpção, recebeu com alívio a decisão da Justiça em aceitar a denúncia contra a então madrasta Suzana Dazar dos Santos, agora ré pelo crime. Segundo ele, nada pode reparar a perda de sua filha Isabelly Oliveira Assumpção, mas a justiça pode acalmar um pouco o coração da família. Alex ressaltou a importância de o caso seguir adiante e afirmou acreditar na veracidade das provas apresentadas.
A menina de três anos morreu na véspera do dia das mães em maio de 2022, após cair dentro de uma máquina de lavar roupas. A denúncia do Ministério Público (MP-PR) foi aceita pela Justiça, que considerou que Suzana deverá responder por homicídio doloso por motivo torpe, emprego de asfixia, e violência doméstica e familiar. Agora, a defesa tem um prazo para se manifestar sobre o caso, e o juiz irá decidir se mantém a acusação de homicídio com dolo eventual.
O MP afirma que a madrasta de Isabelly obteve conscientemente o risco de causar a morte da vítima ao induzi-la a um afogamento. O órgão destacou quatro fatos que embasam a denúncia, incluindo a colocação de um banco e brinquedos em frente à máquina de lavar. A motivação do crime teria sido o sentimento de ciúmes e posse da madrasta em relação ao pai da criança, afetando o relacionamento entre os pais da menina.
A defesa de Suzana argumenta que o que ocorreu foi um acidente e não um crime intencional. Alegam que a relação entre madrasta e enteada era boa, e não há indícios de que ela tivesse a intenção de causar a morte da criança. No entanto, o MP declarou que o crime foi motivado por ciúmes e sentimento de posse em relação ao pai de Isabelly, qualificando-o como violência doméstica e familiar.
O crime cometido por Suzana foi caracterizado como motivo torpe e asfixia mecânica interna, no qual a madrasta teria deliberadamente preparado uma situação para que a morte da menina ocorresse. O MP também enfatizou que o crime foi praticado contra uma mulher em situação de violência doméstica e familiar, uma vez que a menina era menor de quatorze anos. O desfecho desse caso chocante tem mobilizado a justiça para buscar a verdade e a punição adequada aos responsáveis.