Pai de Pedro Dom disse que seu filho foi executado

O policial civil aposentado Luiz Victor Lomba, pai de Pedro Dom, afirmou que o filho foi executado pela Polícia do Rio de Janeiro. “Bater na polícia não vai trazer meu filho de volta. Ele já morreu. Mas tenho certeza de que Pedro foi executado. Eu vi o corpo dele com um tiro. Agora apareceram quatro”, denunciou o pai de Dom em entrevista ao jornal Extra em 2005.

Mesmo com a morte do filho devido a vida criminosa, o pai afirmou que não sentia vergonha do filho. “Apesar de tudo que ele fez, morreu como homem, e não como uma galinha. Ele queria se entregar, mas não deu tempo”. Ainda na entrevista o pai de Pedro Dom questionou a quantidade de crimes atribuídos a seu filho. “O perfil dele, traçado pela polícia foi exagerado. Acredito que cerca de 80% dos crimes atribuídos a ele foram cometido por outros”.

Outro parente que também disse que Pedro Dom foi executado pela polícia, foi o seu primo Gustavo Almeida. A declaração foi dada a Folha de São Paulo, no dia do enterro de Dom no cemitério do Caju. “Ele foi executado. O meu primo levou um tiro no peito. Isso mostra que ele queria se entregar”, disse Almeida.

Ele declarou que a polícia “não queria o vivo”. Nós últimos meses, ele falava que gostaria de se entregar, mas tinha medo de ser morto”, afirmou Almeida.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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