Última atualização 28/07/2023 | 08:58
Preso pelo estupro de uma adolescente que tratava um transtorno mental, o pai da psicóloga voltou a ser acusado pelo mesmo crime por outras duas mulheres. Segundo a Polícia Civil, duas novas vítimas fizeram denúncia, após a divulgação do crime contra a adolescente. O caso ocorreu em Anápolis, região central do estado.
Os crimes aconteceram há mais de dez anos, quando as mulheres, hoje adultas, eram adolescentes, tendo entre 12 a 14 anos. Elas eram amigas das filhas do suspeito e frequentavam a casa dele na época em que foram abusadas, na cidade de Leopoldo de Bulhões.
Na última quinta-feira, 20, a mãe de uma adolescente de 14 anos, denunciou o pai da psicóloga que tratou um transtorno mental da filha, por estupro. A Delegacia de Polícia Civil de Silvânia, relatou que o homem tem 57 anos de idade, trabalha como motorista. O suspeito foi preso e vai responder pelo crime de estupro de vulnerável.
Relembre o caso
Em entrevista ao portal G1, a mãe da jovem informou que a menina tinha os sintomas de transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) quando começou o tratamento com a psicóloga, em Leopoldo de Bulhões. A terapia foi encerrada porque a paciente e a terapeuta iniciaram uma amizade.
“Ela [psicóloga] começou a pedir para minha filha ir à casa dela. Ela ia sempre, levava minha filha na sexta-feira e só a entregava na segunda-feira. Minha filha acabou ficando amiga e ficava de babá da filha dela, que tem um ano de idade”, disse a mãe da vítima.
Ela ainda informou que os abusos aconteceram duas vezes em abril e em maio. A adolescente contou o que estava acontecendo para a mãe. Em seguida as duas relatam o ocorrido para a psicóloga, a terapeuta pressionou elas para que denunciasse, informando que “acabaria com a sua carreira”, além disso ofereceu dinheiro para que a jovem fosse embora da cidade.
De acordo com a mãe da vítima, um dos crimes ocorreu na frente da filha da psicóloga, que tem um ano e, estava acordada e chorando.
A mãe da jovem relatou que estava em São Paulo acompanhando o tratamento do filho de oito anos que está com câncer. Com isso, a menina ficava com a vizinha, mas a psicóloga ligava para pedir permissão para ficar com a filha.
Em uma dessas idas a casa da psicóloga em abril, a adolescente ficou sozinha com o suspeito. “Ele pediu a minha filha para calar a boca, falou pra ela não contar pra ninguém. Eu vi que minha filha não queria mais ir pra casa da psicóloga. Achei estranho”, relatou a mãe.