Pai de santo preso por estrupo é alvo de novas denúncias, em Aparecida de Goiânia

Pai de santo preso por estrupo é alvo de novas denúncias, em Aparecida de Goiânia

Após quase uma semana da prisão do pai de santo, Gleidimar Primo da Silva, de 46 anos, o número de vítimas que afirmam terem sido abusadas por ele continua subindo. Na sexta-feira, 26, quando o religioso foi detido, no terreiro supostamente dirigido por ele, em Aparecida de Goiânia, ao menos 5 mulheres e uma trans haviam registrado queixa contra o homem. Dentre elas, duas menores de idade.

Segundo a delegada Cybelle Tristão, responsável pelo caso, o número de vítimas total do homem ainda não foi contabilizado, visto que muitas vítimas optaram por não procurar a delegacia por medo. Porém, entre as novas denúncias, foram registradas algumas menores de idade.  

“Já ouvimos testemunhas e algumas vítimas. As mulheres que compareceram à delegacia relataram terem sofrido ameaças depois de denunciar ele. Hoje vamos a casa de uma das vítimas fazer uma oitiva, já que a mulher não quis comparecer à delegacia por medo. É um caso complicado”, explicou.

Inquérito 

O inquérito, conforme Cybelle, será concluído nesta sexta-feira, 2, sendo que será enviado ao Poder Judiciário na segunda-feira, 5. Ainda de acordo com a investigadora, o terreiro onde o pai de santo trabalhava está dividido. Parte das pessoas do local são contra os supostos crimes do homem, já a outra parte é à favor do pai de santo e até estão o defendendo.

“Estamos trabalhando para concluir o inquérito para que seja enviado na segunda-feira, visto que temos apenas 10 dias para encaminhá-lo ao judiciário”, disse.

Pai de Santo é acusado de estupro

A investigadora contou que o pai de santo abusou sexualmente de mulheres que procuraram ajuda espiritual na casa de umbanda supostamente dirigida por ele. Segundo os depoimentos, o homem utilizava a religião e a sensibilidade das pessoas para praticar os crimes.

Uma das vítimas estuprada pelo investigado, inclusive, teve o intestino obstruído em razão do estupro, tendo que se submeter a cirurgia. Durante a prisão, a PC encontrou várias facas que supostamente eram utilizadas pelo religioso, a fim de intimidar as vítimas.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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