Última atualização 05/09/2022 | 17:46
O pai de santo, Gleidimar Primo da Silva, de 46 anos, foi iniciado pela Polícia Civil (PC) nesta segunda-feira, 5, por cometer seis crimes: estrupo, importação sexual, violência psicológica, violência sexual, ameaça e posse de munição. O religioso foi preso no último dia 26, após ser denunciado por estuprar cinco vítimas no terreiro dirigido por ele, em Aparecida de Goiânia.
Dentre as cinco vítimas que procuraram a delegacia, está uma menor de idade, de 17 anos. Ela contou à polícia que há três meses foi vítima do pai de santo. O crime aconteceu em uma festa na casa da namorada do autor. A jovem procurava o banheiro, quando foi puxada para dentro de uma suíte e forçada a manter relações sexuais com o indiciado.
Inquérito
Na quinta-feira, 1º, a delegada Cybelle Tristão, responsável pelo caso, havia adiantado ao DE que o inquérito seria enviado à Justiça nesta segunda. Na ocasião, a investigadora informou ainda que mais vítimas do suspeito haviam surgido, mas que muitas preferiram não registrar denúncia por medo.
Ao todo, o inquérito conta com 15 depoimentos de testemunhas e vítimas que afirmam terem sido estupradas pelo pai de santo. O documento também pede para que a Justiça mantenha a prisão preventiva do homem, a fim de mandar as vítimas seguranças. Isso porque as denunciantes recebem ameaçadas pela rede de apoio do criminoso.
Abusos
O pai de santo foi indiciado por abusar sexualmente de mulheres que procuraram ajuda espiritual na casa de umbanda dirigida por ele. Segundo os depoimentos, o homem utilizava a religião e a sensibilidade das pessoas para praticar os crimes.
Uma das vítimas estupradas pelo pai de santo, inclusive, teve o intestino obstruído em razão do estupro, tendo que se submeter a cirurgia. Durante a prisão, a PC encontrou várias facas que eram utilizadas pelo religioso, a fim de intimidar as vítimas.