Última atualização 07/04/2022 | 16:43
O psiquiatra que atendeu a avó que desapareceu por oito dias com as duas netas, até serem encontradas nesta quarta-feira (6), afirmou que a mulher tem problemas psicológicos graves e pediu sua internação em hospital psiquiátrico. Em depoimento, o pai das crianças disse que uma delas afirmou que a avó as impedia de pedir socorro. As informações foram divulgadas em coletiva de imprensa, na manhã desta quinta-feira (7), pelo delegado Rodrigo Arana.
Segundo o delegado, no depoimento do pai das crianças, chamou atenção algo que ele disse ter ouvido de uma das filhas, ao ir até o Hospital Municipal de Goianápolis, para onde ela foi levada para exames. Segundo o homem, a criança disse que elas ouviram os chamados da polícia, durante as buscas, mas que sempre que tentavam pedir socorro, a avó impedia, tampando a boca da criança.
Tasmania Silva de Lucena Soares, de 45 anos, e as netas Isabella Silva Fernandes, de 11 anos e Júlia Silva Fernandes, de 6 anos, sumiram no último dia 30, após saírem para comprar presentes, em Anápolis. Foram encontradas na manhã desta quarta-feira (06), perto de um córrego na zona rural de Goianápolis.
Segundo o delegado de polícia, um adolescente de 14 anos, filho de um chacareiro da região, avistou uma criança saindo da mata,nesta quarta-feira (6).. Reconhecendo que era uma das meninas desaparecidas, a de 1 anos de idade, a convidou para entrar na propriedade. O chacareiro ligou para a polícia que foi ao local e encontrou a avó e a outra neta.
A investigação deve apurar o que de fato aconteceu nestes oito dias, mas ainda não se sabe se a avó irá responder criminalmente, isto depende do laudo psiquiátrico definitivo. “Se for declarado que ela tinha retardo mental completo, ela não vai responder criminalmente. Mas se, de fato, ela tinha capacidade de entender que praticou conduta ilegal e irregular, ela vai repsonder”, explicou o delegado.
Caso vá a responder criminalmente, ela pode ser investigada por três crimes. “Subtração de incapaz, sequestro e cárcere privado e, se ficar comprovado que as crianças foram submetidas a intenso sofriment físico e psicológico, pode ser investigado pelo crime de tortura”, afirmou o delegado.
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