Pai e filha são mortos com tiros e facadas no Mato Grosso

Um pai e uma filha foram mortos na casa onde moravam, em Tapurah, no Mato Grosso. O crime aconteceu na madrugada da última terça-feira, 18, e Roque Xavier, de 38 anos, e Thaís Vitória Pontes Xavier, de 15 anos, foram esfaqueados até a morte e um deles foi baleado.

Segundo o boletim de ocorrências, o crime aconteceu por volta de 4h e uma testemunha relatou para a Polícia Militar (PM) que viu o momento em que dois homens chegaram ao local armados procurando pelo pai da menina. O declarante disse ainda que um dos suspeitos pelo assassinato usava um capacete e o outro escondia o rosto com uma camiseta.

Conforme as investigações, os suspeitos encontraram o pai em um dos quartos e teriam mandado que ele fosse até a sala, cômodo em que a filha dormia. Eles ordenaram ainda que ele se deitasse ao lado de Thaís Vitória.

Então, um dos suspeitos atirou contra a adolescente. A testemunha conta que o bandido tentou atirar contra a menina outras vezes, mas a arma não disparou. Assim, um dos homens foi até a cozinha para pegar uma faca, a qual utilizou para desferir golpes contra o pai e a filha diversas vezes.

As testemunhas eram um casal e outras crianças que moravam nos fundos de uma oficina mecânica, mesmo local que o pai e a filha. Após o crime, os suspeitos fugiram.

Os corpos foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) para exame de necropsia e o crime segue em investigação pela Polícia Civil.

Tráfico

De acordo com as investigações, Thaís Vitória integrou uma facção que atua no tráfico de drogas da região. O delegado de Tapurah, Guilherme Negri, informou ao jornal O Globo que há a possibilidade de a facção estar envolvida no crime.

Apesar das suspeitas, nada ainda foi confirmado e as investigações seguem sob responsabilidade da Polícia Civil.

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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