Pai e filho foram condenados por agiotagem em Aimorés, segundo informações do Ministério Público de Minas Gerais, divulgadas pelo Diário do Estado. Os dois homens receberam uma sentença que totaliza quase 50 anos de prisão pelos crimes de usura (agiotagem) e extorsão na região. A denúncia apresentada pelo MPMG aponta que, entre 2020 e 2023, eles constrangeram e ameaçaram diversas vítimas em busca de vantagem econômica indevida, através da prática de agiotagem com taxas de juros proibidas por lei.
A investigação teve início após uma das vítimas procurar a Polícia Civil para relatar ameaças de morte relacionadas ao pagamento de dívidas, incluindo situações de intimidação física. Durante as investigações, a PC identificou outras pessoas vítimas do esquema de agiotagem e extorsão, envolvendo pagamentos ilegais, transferência de propriedades e até ameaças a crianças. Em um dos casos, uma vítima pagou mais de R$ 55 mil em juros por uma dívida de R$ 5 mil, enquanto outra pagou mais de R$ 300 mil em juros por um empréstimo do mesmo valor.
Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na residência dos investigados, resultando na apreensão de 598 cheques de diversos bancos, totalizando mais de R$ 3 milhões. Um dos réus foi condenado a 28 anos de prisão e o outro a mais de 21 anos, além de multa. A justiça determinou que ambos cumpram a pena em regime fechado e também os condenou ao pagamento de uma indenização mínima de R$ 7 mil a duas das vítimas lesadas.
É importante destacar a gravidade desses crimes e a atuação das autoridades em coibir essas práticas ilegais que prejudicam a sociedade e as vítimas envolvidas. A condenação dos envolvidos serve como um exemplo e um alerta para outras pessoas que atuam de forma semelhante. A parceria entre o Ministério Público, a Polícia Civil e o Judiciário é fundamental para combater e evitar a proliferação de casos de agiotagem e extorsão, garantindo a segurança e o bem-estar da população.
A punição severa imposta aos condenados demonstra o compromisso das autoridades em garantir a aplicação da justiça e proteger os cidadãos contra práticas abusivas. A atuação conjunta entre os órgãos responsáveis é essencial para a identificação, investigação e punição de indivíduos que cometem delitos financeiros que impactam negativamente a vida das vítimas. A conscientização da população sobre os riscos da agiotagem e a importância de buscar auxílio legal em caso de ameaças e extorsões é fundamental para prevenir casos semelhantes no futuro. O Diário do Estado continuará acompanhando o desdobramento desse caso e outras notícias da região para manter a população informada e segura.