O corpo do adolescente de 16 anos que estava desaparecido após cair de uma canoa durante uma pescaria em um açude de Acopiara, no último domingo (27), foi encontrado na manhã desta terça-feira (29). Uma criança de 10 anos com autismo, que estava na canoa, também morreu. O irmão dela, de 14 anos, sobreviveu. O pai dos irmãos teve a prisão preventiva decretada pela Justiça.

Na canoa estavam o adolescente de 14 anos, o irmão dele, de 10 anos; o amigo dele, de 16 anos; e o pai dos irmãos, identificado como José Francimar. Conforme apuração da TV Verdes Mares, o grupo foi ao açude Jacú, localizado no Sítio Mandu, a convite de Francimar, com o objetivo de pescar.

Segundo a polícia, o jovem de 14 anos contou que Francimar teria consumido bebida alcoólica e oferecido aos menores, que também beberam. Depois, eles embarcaram na canoa. Em dado momento, o pai teria balançado a canoa, o que fez os três jovens caírem no açude. O jovem de 14 também afirmou que, após cair na água, os três pediram ajuda a Francimar, que teria se recusado a socorrê-los e fugido do local. Ele foi preso, na madrugada desta segunda-feira (28), após ser encontrado na casa da namorada, também no município de Acopiara.

O homem passou por audiência de custódia na tarde desta terça-feira (29), em Iguatu, e teve a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva, isto é, sem prazo para acabar. Segundo a Secretaria da Segurança Pública do Ceará (SSPDS), Francimar é suspeito pelo crime de homicídio culposo, que ocorre quando não há intenção de matar, mas o resultado das ações do acusado provoca a morte de outrem.

A tragédia que resultou na morte da criança de 10 anos e no afogamento do adolescente de 16 anos durante uma pescaria em Acopiara chocou a população local. O relato do sobrevivente, o adolescente de 14 anos, trouxe à tona a negligência do pai das vítimas, que teria oferecido bebida alcoólica aos menores e negado ajuda quando eles mais precisavam. As buscas dos bombeiros resultaram na localização do corpo do adolescente desaparecido, trazendo um desfecho trágico para essa história.

O caso reacende a importância de cuidados e responsabilidade durante atividades de lazer, especialmente envolvendo menores de idade. A comoção gerada pela tragédia ressalta a necessidade de conscientização sobre os riscos e medidas de segurança ao realizar atividades aquáticas. A justiça terá um papel fundamental no desenrolar desse acontecimento, garantindo que responsáveis por condutas negligentes sejam devidamente responsabilizados.

A repercussão do caso também serve de alerta para a sociedade em geral, enfatizando a necessidade de educação e conscientização sobre questões de segurança em ambientes aquáticos. O trabalho dos bombeiros e das autoridades locais foi essencial para o desfecho dessa tragédia, demonstrando a importância da eficiência e prontidão dos órgãos responsáveis em situações de emergência. A busca por justiça e a prevenção de novos incidentes são pilares fundamentais para evitar que tragédias como essa se repitam no futuro.