Pai esfaqueado por criança recebe alta de hospital em Uruaçu

Pai esfaqueado por filho de 10 que tentava defender a mãe recebe alta de hospital, em Uruaçu

O homem que foi esfaqueado pelo filho de 10 anos, que tentou defender a mãe de agressões, recebeu alta do hospital nesta quinta-feira, 7, em Uruaçu, no norte de Goiás. A vítima ainda não foi ouvida pela Polícia Civil e deve responder por lesão corporal e ameaça contra a esposa.

“Instauramos um inquérito policial contra o pai, que estava agredindo a mãe. Para a criança, não haverá responsabilização criminal, uma vez que ele atingiu o pai a fim de defender a mãe”, explicou o delegado.

De acordo com o delegado, a mãe do menino e mulher da vítima solicitou medidas protetivas contra o companheiro e que, com isso, ele não pode se aproximar dela nem da casa onde a família morava.

Ao G1, Peterson afirmou que o próximo passo da investigação é ouvir a mulher, a criança e o homem. Depois disso, o delegado deve indiciar o suspeito por lesão corporal e ameaça contra a mulher, e encaminhar o documento à Justiça.

Agressão para salvar a mãe

O caso aconteceu na noite de domingo, 4, para a madrugada de segunda, 5, em Uruaçu. Para a Polícia Militar, a mulher contou que o casal passava por uma crise no relacionamento e que o marido havia ingerido bebidas alcóolicas.

De acordo com a conselheira tutelar Keila Silva, a briga começou quando a mulher voltou da igreja e buscou o marido que estava bebendo na casa da irmã. A mulher contou que o homem estava bêbado e queria dirigir o carro cheio de crianças, mas ela não permitiu. O casal então seguiu para casa e as discussões continuaram, chegando até mesmo em agressões. Ao ver o pai dar murros e socos na mãe, o filho do casal foi até a cozinha, pegou uma faca e golpeou o pai na barriga.

“Uai filho, você furou o papai?”, disse o pai ao filho, após ser esfaqueado, segundo a conselheira.

Segundo a PM, o homem foi encaminhado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) até o Hospital Estadual do Centro-Oeste Goiano (HCN), onde passou por cirurgia de laparotomia exploradora.

A conselheira contou que o menino está em choque e que não assimilo ainda o que fez. Segundo Keila, no momento da briga, ele só pensou em defender a mãe.

“A criança vai continuar com a mãe e o pai não vai voltar para casa, ela vai fazer uma medida protetiva e esse é o fim do casamento. A criança vai estar segura, o que puder fazermos de monitoramento, segurança e proteção, vamos fazer”, descreveu.

A mulher contou ainda para Keila que o marido era violento e, há três meses, vinha sendo agredida. O homem, inclusive, tinha uma arma guardada no cofre de casa.

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Jovem é baleada por PRF na BR-040, no RJ, na véspera de Natal

Na véspera de Natal, Juliana Leite Rangel, uma jovem de 26 anos, foi baleada na cabeça durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-040, em Caxias, na Baixada Fluminense. O incidente ocorreu quando ela se dirigia à casa de parentes em Itaipu, Niterói.

Segundo relatos de seu pai, que também estava no veículo, ele sinalizou para encostar, mas os agentes da PRF iniciaram os disparos e balearam Juliana na nuca.

“Falei para a minha filha: ‘Abaixa, abaixa’. Eu abaixei, meu filho deitou no fundo do carro, mas infelizmente o tiro pegou na minha filha. Eles já desceram do carro perguntando: ‘Porque você atirou no meu carro?’. Só que nem arma eu tenho, como é que eu atirei em você?”, disse Alexandre.

A vítima foi levada imediatamente ao Hospital Adão Pereira Nunes, sendo submetida a uma cirurgia. Segundo a Prefeitura de Duque de Caxias, seu estado de saúde é considerado gravíssimo. Além dela, o pai também foi baleado na mão esquerda, mas não teve fraturas e recebeu alta na mesma noite do crime.

Deyse Rangel, mãe da vítima, também estava no carro no momento do incidente junto com o outro filho. “A gente viu a polícia e até falou assim: ‘Vamos dar passagem para a polícia. A gente deu e eles não passaram. Pelo contrário, começaram a mandar tiro em cima da gente. Foi muito tiro, foi muito tiro”, afirmou Deyse.

A PRF não se pronunciou sobre o caso.

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