Pai suspeito de agredir e impedir consultas médicas dos filhos no PR

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Pai que impedia consulta dos filhos no PR também é suspeito de fazer eles nascerem prematuros por conta de agressões à mãe

Caso foi registrado em Wenceslau Braz. Segundo MP, violência frequente também pode ter causado um aborto. Uma das crianças tem dois meses, pesa apenas dois quilos, e médicos suspeitam de fibrose cística.

Delegado fala sobre prisão de homem que mantinha mulher e filhos em situação de violência

O homem de de 24 anos que foi preso preventivamente por violência doméstica em Wenceslau Braz, no norte do Paraná, é suspeito de causar um aborto e dois partos prematuros por agredir frequentemente a esposa, de 21. Ele também é investigado por impedir que esses filhos do casal fossem a consultas médicas. As informações forma divulgadas pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) e pela Polícia Civil (PC-PR).

O nome do homem não foi divulgado para preservar a identidade das vítimas. Ele foi encaminhado à cadeia pública da cidade nesta quinta-feira (2).

O suspeito mantinha um relacionamento com a mulher desde que ela tinha 13 anos e ele, 16. Juntos, tiveram três filhos: de quatro anos, um ano e dois meses.

Duas dessas crianças que nasceram antes do previsto, e precisam de acompanhamento médico contínuo. O bebê de dois meses, por exemplo, pesa apenas dois quilos e tem suspeita de fibrose cística – doença genética que pode causar danos aos pulmões e bloqueio no trato digestório e pâncreas.

A investigação mostrou que o homem dificultava o acesso das crianças aos tratamentos, que precisam ser realizados em uma cidade vizinha. Além de impedir a ida dos filhos às consultas, quando permitia a saída deles, controlava a mulher de forma excessiva por ciúmes.

Antes da prisão do pai, o casal havia passado por uma reunião com o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e o Conselho Tutelar. Os representantes dos órgão alertaram os dois que a prática poderia causar o acolhimento das crianças. No entanto, segundo o MP, o homem demonstrou “descaso” e deu a entender que “continuaria com os comportamentos agressivos”.

O Creas, então, realizou uma denúncia e participou da operação para acolhimento das vítimas e prisão do suspeito.

A investigação apurou que a mulher pediu ajuda em um posto de saúde, mas não denunciou o companheiro à polícia porque não tem uma rede de apoio familiar e enfrentava dificuldades para romper o ciclo de violência.

Ela foi encaminhada a uma entidade que atende vítimas de violência. As crianças também foram acolhidas. “Após os esforços de toda a rede de proteção, não foi possível o reestabelecimento das condições adequadas para um desenvolvimento sadio dessas crianças. […] Essa mulher, hoje com menos de 25 anos de idade, é vitima desde que era adolescente de uma série de violações de direitos, sobretudo relacionados à violência doméstica”, disse a promotora.

Segundo Angelo Oliveira Batista Dias, delegado da Polícia Civil, um inquérito policial foi instaurado sobre o caso. O suspeito é investigado pelos crimes de ameaça, lesão corporal e violência psicológica.

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