A morte trágica do pequeno Heitor, de apenas 2 anos, chocou o Rio de Janeiro. Seus pais, Rafael Alves Gonçalves e Elaine de Sousa Alves, foram presos sob a acusação de matarem o próprio filho, que chegou em estado grave à Maternidade Fernando Magalhães, na Zona Norte da cidade, e infelizmente não resistiu. O casal enfrenta acusações de homicídio qualificado majorado e descumprimento de medida protetiva, uma vez que já haviam sido proibidos de se aproximar dos filhos.
O assassinato de Heitor não foi o primeiro episódio de violência sofrida pelo menino. Em uma investigação anterior, descobriu-se que a criança já havia sido internada com fraturas na cabeça, levantando suspeitas sobre a conduta dos pais. Um exame necroscópico detalhado revelou que Heitor foi agredido brutalmente momentos antes de ser entregue a uma cuidadora. O laudo do Instituto Médico-Legal apontou traumatismo craniano, lesões abdominais e hemorragias como a causa da morte do garoto.
Além dos pais, o avô materno de Heitor, Jorge Carrilho e Juventude, também está envolvido no caso. Ele foi indiciado por homicídio por omissão imprópria e descumprimento de medida protetiva, uma vez que detinha a guarda dos menores e permitia o contato com os pais, mesmo com a restrição judicial imposta. Em depoimento, Jorge confessou que entregava as crianças à mãe diariamente, acreditando que apenas Rafael tinha restrição de aproximação.
As investigações também revelaram que Heitor já havia sido vítima de agressões anteriores, resultando em uma internação prolongada em janeiro de 2024. No Hospital Pasteur, o menino ficou internado por 33 dias com múltiplas fraturas cranianas, indicando que as lesões não eram acidentais. Seus pais justificaram o ocorrido alegando um acidente, mas os exames médicos apontaram o contrário. Esses eventos levantaram sérias questões sobre a segurança e proteção das crianças no ambiente familiar.
O caso de Heitor não é isolado e reflete uma triste realidade de violência infantil que persiste em nossa sociedade. É crucial que medidas mais rigorosas de proteção às crianças sejam adotadas, para evitar tragédias como essa no futuro. A conscientização e denúncia de casos de abuso e negligência são fundamentais para garantir a segurança e bem-estar das crianças, que merecem crescer em um ambiente saudável e seguro. A justiça deve ser feita em nome de Heitor e de todas as vítimas de violência infantil.