Pais condenados da campanha AME Jonatas terão bens doados a hospital e menina com doença rara, decide Justiça

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Bens da campanha AME Jonatas serão doados a hospital e a menina com doença rara,
decide Justiça

Pais do menino Jonatas foram condenados e presos por apropriação de parte do
dinheiro que deveria ter sido usado no tratamento do filho.

Menino Jonatas com os pais, Renato e Aline Openkoski, em novembro de 2021 —
Foto: Reprodução/Redes sociais

O dinheiro arrecadado pela campanha AME Jonatas, um carro avaliado em R$ 140 mil
apreendido durante a investigação que levou à condenação dos pais da criança por
estelionato
DE
e outros itens serão leiloados ou doados para ajudar no tratamento de outros
pacientes, divulgou o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) na
terça-feira (24).

Renato e Aline Openkoski, pais do menino Jonatas, que tinha Atrofia Muscular
Espinhal (AME), foram presos em 2024
DE
por apropriação de parte do dinheiro que deveria ter sido usado no tratamento do
filho. O bloqueio dos bens do casal foi determinado judicialmente no início das
investigações.

Após condenação e prisão do casal, no ano passado, trâmites para cumprimento da
sentença foram retomados. Jonatas morreu em janeiro de 2022
DE

O documento que detalha o destino das arrecadações foi assinado em 26 de maio
deste ano, após os prazos de recursos passarem, segundo o TJSC.

Os recursos, segundo a decisão do TJSC, serão destinados a uma menina com o
quadro similar ao de Jonatas e à gestão da Organização Social Hospital Nossa
Senhora das Graças, ou seja, ao Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Farial
Infantil, de Joinville
DE

Segundo a decisão, a menina que vai receber as doações é Maria Amélia, que tem
mielomeningocele
DE
um defeito na formação da coluna vertebral, e precisa de um tratamento
caríssimo, com sessões de fisioterapia que custam mais de R$ 150 mil. O Brasil
registra cerca de um caso da doença a cada mil nascimentos
DE

Em 16 de janeiro de 2018, a Justiça bloqueou os valores arrecadados pela
campanha
DE
AME Jonatas, cerca de R$ 3 milhões, e um veículo de R$ 140 mil no nome dos pais
da criança. A família morava em Joinville, no Norte de Santa Catarina, cidade
onde também ocorreu a prisão de Renato e Aline.

O bloqueio foi feito a pedido do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC)
devido à suspeita de que parte do dinheiro da campanha foi usada para adquirir
bens de luxo.

Renato foi condenado a 38 anos, 2 meses e 10 dias de prisão em regime fechado,
além de multa por estelionato e por apropriação de bens de pessoa com
deficiência por 18 vezes.

Aline recebeu pena de 22 anos, 7 meses e 10 dias de prisão em regime fechado,
além de multa por estelionato e apropriação de bens de pessoa com deficiência
por nove vezes.

A defesa de Renato e Aline Openkoski disse ter pedido, na quinta (23), o
relaxamento das prisões, que ainda não havia sido julgado até as 16h30 desta
sexta (25).

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