Pais são condenados a pagar multa por não vacinarem filhos contra a Covid-19

Pais que não vacinaram os filhos contra a Covid-19 foram condenados a pagar uma multa que pode chegar a até seis salários mínimos, totalizando cerca de R$ 8,4 mil, em Schroeder, localizado no Norte de Santa Catarina, conforme determinado pela decisão judicial. De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), esses pais não apresentaram uma razão médica válida para justificar a recusa em imunizar seus filhos.

A decisão judicial emitida pelo MP foi divulgada na última sexta-feira (6) e teve início a partir de notificações feitas pelo Conselho Tutelar de Schroeder ao Ministério Público sobre a negligência dos pais nesse sentido. O resultado foi a imposição de multas em três situações distintas, sendo duas delas no valor de seis salários mínimos e a terceira em um montante equivalente a três salários mínimos, totalizando aproximadamente R$ 4,2 mil.

Por se tratar de menores de idade, o MPSC optou por manter os casos em sigilo, não revelando o número de pais envolvidos ou que serão penalizados financeiramente. Antes das representações judiciais, tanto o órgão quanto o Conselho Tutelar tentaram abordar os pais para incentivar a vacinação de seus filhos, sem sucesso. A Promotora de Justiça Ana Paula Destri Pavan ressaltou a importância da imunização como uma medida preventiva essencial para a saúde coletiva e individual, conforme estabelecido pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI).

É importante destacar que a recusa dos pais em vacinar seus filhos configura uma violação aos direitos fundamentais à saúde e à vida, garantidos pela Constituição Federal e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), conforme argumenta a Promotora Ana Paula. Além disso, o ECA determina a obrigatoriedade da vacinação nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias, de acordo com o artigo 14 parágrafo 1º.

O MPSC também se baseou em uma decisão do Supremo Tribunal Federal, que se pronunciou favoravelmente à obrigatoriedade da vacinação, desde que registrada em órgão de vigilância sanitária e incluída no Programa Nacional de Imunizações. Portanto, a falta de justificativa médica e o descumprimento das recomendações legais resultaram na aplicação das multas aos pais. É fundamental ressaltar a importância da vacinação como medida de proteção não apenas para os indivíduos vacinados, mas também para toda a sociedade.

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Corpo encontrado em mata não é de casal desaparecido em SC: investigação continua

Corpo é encontrado em área de mata durante buscas por casal desaparecido há 38 dias em SC

A Polícia Civil afirmou que o corpo encontrado enterrado na tarde de quarta-feira (18) em São José, na região da Grande Florianópolis, não pertence ao casal Valter Agostinho de Faria Junior e Araceli Cristina Zanella, desaparecido há 38 dias. Devido ao estado avançado de decomposição da vítima, os investigadores acreditam que se trata de outra pessoa, morta aproximadamente há um ano.

As buscas pelo casal desaparecido foram realizadas em uma área de mata no bairro Pedregal, após denúncias que indicavam a possível localização de Valter e Araceli, que têm 62 e 46 anos, respectivamente, e sumiram em 11 de novembro. A polícia suspeita que ambos foram assassinados durante uma discussão relacionada ao aluguel. Como resultado, seis pessoas foram detidas.

A Polícia Científica apoiou os trabalhos no local do corpo encontrado, realizando a perícia e recolhendo os restos mortais para posterior identificação. A Polícia Civil irá investigar as circunstâncias da morte da pessoa encontrada na área de mata em São José.

As investigações sobre o desaparecimento do casal seguem em andamento, envolvendo crimes de sequestro, roubo e estelionato. Segundo as autoridades, Valter e Araceli residiam em Biguaçu, cidade vizinha a São José, e teriam sido mantidos em cativeiro e assassinados no mesmo dia em que desapareceram.

O casal, formado por Araceli Zanella e Valter Agostinho, estava junto há cerca de cinco anos. Araceli mudou-se para Biguaçu após conhecer Valter e juntos administravam um estabelecimento comercial que encerrou as atividades um mês antes do crime. Familiares relatam que o casal estava prestes a se mudar para uma propriedade na praia em Governador Celso Ramos, cerca de 30 quilômetros de distância da sua cidade de residência, pois Valter planejava se aposentar.

A investigação sobre o desaparecimento e morte do casal Valter Agostinho e Araceli Cristina continua, com a polícia não fornecendo detalhes sobre os suspeitos detidos e sua relação com as vítimas. O delegado responsável pelo caso, Anselmo Cruz, destacou a falta de colaboração por parte dos presos e a ausência de confissões sobre o crime.

As ações da polícia de São José e a Polícia Civil de Santa Catarina visam esclarecer os eventos que resultaram no desaparecimento do casal e na morte da pessoa encontrada durante as buscas. A colaboração da população e a condução detalhada das investigações são fundamentais para a elucidação dos fatos.

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