Palmeiras x Flamengo: O confronto que definirá o melhor do futebol brasileiro em 2025

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DE e Palmeiras, tão diferentes, reunirão aquilo que temos de melhor em 2025. Vitórias consistentes dos melhores times do Brasil dão ao jogo de domingo um caráter ainda mais especial. Quase ao mesmo tempo, separados por meia hora, Palmeiras e Flamengo apresentaram suas cartas, sacaram suas armas – tudo como preâmbulo para o grande encontro de domingo no Maracanã. Nesta quarta-feira, os rivais nacionais retornaram ao Brasileirão com vitórias expressivas: a equipe paulista manteve a liderança ao transformar em goleada (5 a 1) um jogo que se apresentava difícil contra o Bragantino; a formação rubro-negra, em clássico fora de casa contra o Botafogo, aplicou um 3 a 0 soberano.

As atuações corroboraram características que ajudam a formar os dois melhores times do Brasil. O Palmeiras, no posto de líder jogando em casa, saiu perdendo e teve dificuldade para entrar no jogo – cenário que poderia perturbar equipes desprovidas da frieza assassina da turma de Abel Ferreira. Inabalável feito um robô, o Palmeiras buscou o empate ainda no primeiro tempo e construiu a goleada na etapa final, em nova jornada inspirada de Vitor Roque, autor de dois gols – e talvez o jogador em melhor momento no futebol brasileiro.

Enquanto isso, o Flamengo também apresentava muito daquilo que o define como time – protagonismo de jogo, posse de bola e capacidade de desequilibrar confrontos tecnicamente. Em um primeiro tempo parelho, em que o Botafogo teve chances de abrir o placar, a vitória começou a ser construída em um gol que foi puro suco de Flamengo: a construção desde a zaga com Léo Ortiz, a condução diferenciada de Arrascaeta, a finalização precisa de Pedro. No segundo tempo, o domínio rubro-negro ganhou forma – e o placar foi completado por Luiz Araújo e Plata.

DE e Palmeiras, tão diferentes, reunirão no Maracanã aquilo que o futebol brasileiro tem de melhor em 2025: o talento de um e a mentalidade de outro; a capacidade de dominar o adversário de um e a aptidão para matar o jogo de outro; a movimentação de um e a organização tática de outro. É a combinação desses fatores que faz DE e Palmeiras protagonizarem (mais uma vez) a disputa pelo título brasileiro e serem nossos únicos representantes nas semifinais da Libertadores.

Alguém ousará apontar um favorito? O Palmeiras vive momento mais estável, atestam os números. Nos últimos dez jogos, venceu oito, enquanto o Flamengo, no mesmo recorte, ganhou cinco. A principal diferença entre as equipes é a consistência da proposta de jogo: o time de Abel Ferreira oscila menos do que a equipe de Filipe Luís. Em um jogo desse tamanho, porém, os efeitos dessa vantagem são muito relativos – ainda mais com um Maracanã ensandecido entrando na conta.

Faltando 11 partidas para cada clube, o jogo de domingo não deve ser encarado como uma final, mas é altamente decisivo. O resultado fatalmente terá impacto no restante do campeonato, em especial no caso de uma vitória do Palmeiras – que abriria seis pontos sobre o Flamengo (com três vitórias a mais no critério de desempate), uma vantagem quase definitiva. Por isso, sobrará tensão. O caráter crucial deve dar ao jogo uma qualidade compatível com sua importância. O Flamengo precisará sair em busca do resultado, e essa ânsia pode ser tudo que o Palmeiras mais deseja.

Em um campeonato maltratado por polêmicas de arbitragem, insensatez de calendário e outros problemas que tanto nos cansam, estávamos merecendo uma partida desse tamanho.

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