Palmilha inteligente pode ajudar a evitar queda de idosos

Palmilha inteligente pode ajudar a evitar queda de idosos

Um projeto desenvolvido pela Universidade Estadual da Paraíba pretende prevenir as quedas de pessoas idosas com o uso de uma palmilha inteligente. A ideia, que conta com parceria da MedSênior, Primer e financiamento da Finep, pretende trazer informações sobre pressão do pé ao pisar, características do caminhar, a postura, equilíbrio e o movimento dos indivíduos.

Batizada de SenseShoes, a palmilha inteligente pretende auxiliar na identificação do risco de quedas em idosos por meio de análise preditiva de inteligência artificial (IA). Estes dados poderão ser compartilhados e monitorados para saber a evolução dos idosos, para que seja possível constatar uma melhora nas questões de mobilidade e autonomia.

“O projeto de pesquisa vai até o fim de 2024. A ideia é que no próximo ano sejam iniciados os testes clínicos, de validação clínica, e serão realizados com pacientes atendidos pelos Núcleos de Autonomia e Independência (NAI) da MedSênior. No núcleo, o paciente participa de atividades voltadas para a manutenção ou recuperação de sua autonomia, seja para realizar atividades dentro da própria casa, para andar na rua ou para se deslocar por meio de transporte coletivo”, informou o médico André França, especialista em Operações de Saúde do MedSênior, à CNN.

A primeira versão do protótipo da palmilha já está pronta e começou a ser testadas em laboratórios, que irão avaliar os recursos de hardware e software, e suas funcionalidades de uso.

Entre as soluções utilizadas pela Palmilha Inteligente, está uma tecnologia similar ao sensor inercial, existentes em celulares. Nele, será possível reunir informações sobre o padrão do andar, equilíbrio, características musculoesqueléticas personalizadas, considerado os parâmetros de uma marcha saudável. O cruzamento de dados e acesso as informações serão possíveis por meio de um aplicativo móvel.

Queda de idosos

Segundo dados do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, é estimado que 40% dos idosos sofram pelo menos uma queda todo os anos. Dos que moram em locais de longa permanência, como asilo, a frequência tende de ser ainda maior: 50% podem sofrer com quedas.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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