Última atualização 20/09/2023 | 11:31
Um projeto desenvolvido pela Universidade Estadual da Paraíba pretende prevenir as quedas de pessoas idosas com o uso de uma palmilha inteligente. A ideia, que conta com parceria da MedSênior, Primer e financiamento da Finep, pretende trazer informações sobre pressão do pé ao pisar, características do caminhar, a postura, equilíbrio e o movimento dos indivíduos.
Batizada de SenseShoes, a palmilha inteligente pretende auxiliar na identificação do risco de quedas em idosos por meio de análise preditiva de inteligência artificial (IA). Estes dados poderão ser compartilhados e monitorados para saber a evolução dos idosos, para que seja possível constatar uma melhora nas questões de mobilidade e autonomia.
“O projeto de pesquisa vai até o fim de 2024. A ideia é que no próximo ano sejam iniciados os testes clínicos, de validação clínica, e serão realizados com pacientes atendidos pelos Núcleos de Autonomia e Independência (NAI) da MedSênior. No núcleo, o paciente participa de atividades voltadas para a manutenção ou recuperação de sua autonomia, seja para realizar atividades dentro da própria casa, para andar na rua ou para se deslocar por meio de transporte coletivo”, informou o médico André França, especialista em Operações de Saúde do MedSênior, à CNN.
A primeira versão do protótipo da palmilha já está pronta e começou a ser testadas em laboratórios, que irão avaliar os recursos de hardware e software, e suas funcionalidades de uso.
Entre as soluções utilizadas pela Palmilha Inteligente, está uma tecnologia similar ao sensor inercial, existentes em celulares. Nele, será possível reunir informações sobre o padrão do andar, equilíbrio, características musculoesqueléticas personalizadas, considerado os parâmetros de uma marcha saudável. O cruzamento de dados e acesso as informações serão possíveis por meio de um aplicativo móvel.
Queda de idosos
Segundo dados do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, é estimado que 40% dos idosos sofram pelo menos uma queda todo os anos. Dos que moram em locais de longa permanência, como asilo, a frequência tende de ser ainda maior: 50% podem sofrer com quedas.