De acordo com um pesquisador, os ateus geralmente formam um grupo progressista que não se apega às ideias tradicionais, e é essa visão que tem aproximado muitos deles da figura do Papa Francisco. A abertura e o diálogo inter-religioso propostos pelo pontífice têm ressoado não apenas entre os católicos, mas também entre os que não seguem nenhuma religião específica. A postura do Papa Francisco em relação a questões sociais progressistas, como a defesa dos direitos dos imigrantes, também tem sido um dos motivos que levaram ateus a enxergá-lo como uma referência. Desde o início de seu pontificado, em 2013, o Papa tem sido um defensor incansável dos marginalizados e oprimidos, se posicionando contra a exclusão e a injustiça. Sua visita à ilha italiana de Lampedusa, logo após assumir o Vaticano, em que prestou homenagem aos imigrantes que perderam a vida no mar, foi um marco de sua atenção às pessoas mais vulneráveis. O Papa Francisco também se destaca por sua postura humilde e acessível, que contrasta com a imagem distante e autoritária de alguns de seus antecessores. Sua simplicidade e proximidade com as pessoas têm conquistado a admiração de muitos, incluindo ateus e agnósticos que veem nele um líder espiritual que transcende as barreiras religiosas. A ênfase do Papa Francisco na misericórdia e no amor ao próximo tem sido um ponto de conexão com aqueles que não professam uma fé religiosa, mas valorizam princípios éticos e humanitários. Seu apelo a uma igreja mais inclusiva e acolhedora tem ecoado entre os ateus, que encontram na mensagem do pontífice um convite à solidariedade e ao respeito mútuo. Em meio a um mundo cada vez mais polarizado e intolerante, a postura conciliadora e compassiva do Papa Francisco representa uma luz de esperança para aqueles que buscam um diálogo construtivo e uma convivência pacífica entre diferentes visões de mundo.