Papa Francisco, internado há um mês, aprova novo ciclo de reformas na Igreja Católica, visando uma estrutura mais participativa e colaborativa até 2028.
Reformas na Igreja Católica
Mesmo internado há um mês para tratar uma pneumonia nos dois pulmões, o Papa Francisco aprovou a implementação de reformas na Igreja Católica, focando em uma estrutura mais participativa e colaborativa. O processo será conduzido por equipes sinodais e culminará em uma Assembleia Eclesial em 2028. Francisco, de 88 anos, continua em tratamento e sua saúde levanta questões sobre sua liderança futura.
Compromisso com a sinodalidade
Internado no hospital Gemelli desde 14 de fevereiro, o Papa Francisco aprovou a fase de implementação do Sínodo da Igreja Católica, reforçando seu compromisso com a construção de uma Igreja “participativa e colaborativa”. Em vez de convocar um novo Sínodo, o Vaticano irá acompanhar como as dioceses, eparquias e conferências episcopais estão colocando em prática as diretrizes discutidas em reuniões anteriores. O processo inclui o trabalho de equipes sinodais compostas por bispos, padres, religiosos e leigos, que serão responsáveis por adaptar as orientações do Sínodo às realidades locais, sem perder a unidade da Igreja.
O papel do Sínodo
O Sínodo é um processo da Igreja Católica que envolve uma série de reuniões e discussões com bispos, padres, religiosos e leigos para tomar decisões importantes sobre o futuro da Igreja. O objetivo é promover uma Igreja mais participativa, onde todos têm voz, e está baseado no conceito de “sinodalidade”, ou seja, caminhar juntos como um único corpo, com a participação de todos.
Eventos significativos e cronograma
Um dos eventos mais significativos será o Jubileu das equipes sinodais, marcado para outubro de 2025, quando será celebrado o trabalho das equipes que ajudam a tornar a Igreja mais sinodal. A carta do Vaticano, assinada pelo Cardeal Mario Grech, Secretário Geral do Sínodo, também pede que as dioceses informem sobre a composição de suas equipes sinodais.
O processo de implementação seguirá um cronograma de marcos importantes, com encontros de avaliação programados para 2027 e 2028. A ideia é garantir que as mudanças sejam sustentáveis e adaptadas a cada contexto local, mas sempre em harmonia com a Igreja como um todo.
Futuro do Papa Francisco e a internação
A fase de implementação, que começou com o anúncio, neste sábado, tem por objetivo o fortalecimento do compromisso com uma Igreja mais aberta e participativa, com o apoio contínuo das lideranças e de toda a comunidade católica.
A atual internação do Papa Francisco é a quarta e mais longa desde sua eleição para o cargo, em 2013. Embora não esteja mais em estado crítico, o Pontífice de 88 anos ainda recebe assistência respiratória por meio de uma cânula nasal durante o dia e uma máscara de oxigênio à noite. O Vaticano disse que Francisco fez fisioterapia na quinta-feira, bem como seu tratamento contínuo no Hospital Gemelli. Ele também provou um bolo para celebrar seus 12 anos de Papado, rezou e fez seus exercícios respiratórios.
A assessoria de imprensa do Vaticano disse que emitiria outro boletim médico na sexta-feira à noite, mas pode parar de enviar uma atualização diária pela manhã. A conversa agora está se voltando para quando Francisco poderia ir para casa. Mas sua internação hospitalar que começou em 14 de fevereiro — a mais longa e tensa de seu papado — levantou dúvidas sobre sua capacidade de liderar os quase 1,4 bilhão de católicos do mundo.
“Leva tempo para um corpo de 88 anos afetado por pneumonia bilateral se recuperar, também em termos de energia, de força”, disse a assessoria de imprensa.