Papa Francisco limita celebrações segundo o rito antigo

Papa Francisco limita celebrações segundo o rito antigo

O Papa Francisco publicou nesta sexta-feira (16) um documento que limita o uso do missal de 1962 para a celebração da missa.

Esta forma de celebrar missa, conhecida como “Rito Antigo”, “forma extraordinária do rito romano” ou “rito tridentino” corresponde à missa que era celebrada por, praticamente, toda a Igreja Católica de rito latino, antes da reforma da liturgia, decidida pelo Concílio Vaticano II.

O rito de 1962 continuou a ser celebrado por pequenos grupos durante os anos depois do concílio, mas acabou por ser liberalizado primeiro por João Paulo II e mais tarde, em maior escala, por Bento XVI, para grupos de pessoas que se sentissem particularmente ligadas às tradições antigas e à liturgia anterior ao concílio. Um dos propósitos era evitar cisões e fomentar a comunhão na Igreja com grupos tradicionalistas.

O que muda com a decisão do Papa

Segundo informações do site católico Renascença, os grupos que já existem pelo mundo e que celebram o rito antigo podem continuar a fazê-lo, mediante a autorização dos bispos, que devem ceder igrejas para o efeito. Estas não devem, contudo, ser igrejas paroquiais e pede-se aos bispos que não permitam a criação de novos grupos para além dos que já existem.

Cabe ainda ao bispo averiguar se os grupos que já existem respeitam, ou não, a legitimidade da reforma litúrgica e do Concílio Vaticano II.

Está decretado ainda que os padres ordenados após este dia passam a precisar de autorização do bispo, a conceder apenas após consulta à Santa Sé, para poderem celebrar a missa segundo o rito antigo e que os padres que já o fazem devem solicitar autorização para continuar a fazê-lo.

 

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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