O Papa Francisco publicou nesta sexta-feira (16) um documento que limita o uso do missal de 1962 para a celebração da missa.
Esta forma de celebrar missa, conhecida como “Rito Antigo”, “forma extraordinária do rito romano” ou “rito tridentino” corresponde à missa que era celebrada por, praticamente, toda a Igreja Católica de rito latino, antes da reforma da liturgia, decidida pelo Concílio Vaticano II.
O rito de 1962 continuou a ser celebrado por pequenos grupos durante os anos depois do concílio, mas acabou por ser liberalizado primeiro por João Paulo II e mais tarde, em maior escala, por Bento XVI, para grupos de pessoas que se sentissem particularmente ligadas às tradições antigas e à liturgia anterior ao concílio. Um dos propósitos era evitar cisões e fomentar a comunhão na Igreja com grupos tradicionalistas.
O que muda com a decisão do Papa
Segundo informações do site católico Renascença, os grupos que já existem pelo mundo e que celebram o rito antigo podem continuar a fazê-lo, mediante a autorização dos bispos, que devem ceder igrejas para o efeito. Estas não devem, contudo, ser igrejas paroquiais e pede-se aos bispos que não permitam a criação de novos grupos para além dos que já existem.
Cabe ainda ao bispo averiguar se os grupos que já existem respeitam, ou não, a legitimidade da reforma litúrgica e do Concílio Vaticano II.
Está decretado ainda que os padres ordenados após este dia passam a precisar de autorização do bispo, a conceder apenas após consulta à Santa Sé, para poderem celebrar a missa segundo o rito antigo e que os padres que já o fazem devem solicitar autorização para continuar a fazê-lo.