Papa Leão XIV não receberá salário ao assumir o comando da Igreja Católica

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O cardeal Roberto Prevost foi eleito na última quinta-feira, 8, como o novo líder da Igreja Católica, adotando o nome de Leão XIV ao assumir o papado. Com a nova função, ele passa a acumular não apenas as responsabilidades religiosas, mas também as obrigações ligadas à liderança do Vaticano como Estado soberano.

Diferente de outros chefes de Estado, o papa não recebe um salário. A prática foi reforçada ainda no pontificado de Francisco, antecessor de Leão XIV, que faleceu em abril. Em 2023, no documentário “Amém: Perguntando ao Papa”, Francisco revelou que nunca teve remuneração mensal. A informação foi confirmada por porta-vozes do Vaticano, que esclareceram que nenhum papa, ao longo da história recente, recebeu pagamento fixo pelo cargo.

Apesar da ausência de salário, o Vaticano cobre todas as despesas pessoais do pontífice, como moradia, alimentação e vestuário. Além disso, Leão XIV, como seus antecessores, administrará recursos voltados à caridade, por meio de fundos como o Peter’s Pence. Em uma das ações mais simbólicas, o papa Francisco destinou meio milhão de dólares desse fundo para ajudar migrantes no México.

A ausência de remuneração reflete a tradição de simplicidade e serviço que marca o papado. Francisco, membro da Companhia de Jesus, costumava brincar que, quando precisava de algo, apenas pedia. “Não tenho um salário, mas sei que serei alimentado de graça”, disse na época.

A escolha de Leão XIV por manter esse modelo reforça o caráter espiritual da missão papal, pautada por valores como humildade, generosidade e desprendimento material.

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