Papa Leão XIV nomeia primeira mulher para órgão central do Vaticano: irmã Tiziana Merletti – Uma mudança histórica após anos de pontificado de Francisco

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Papa Leão XIV nomeia mulher para órgão de administração central do Vaticano

Essa é a primeira indicação feminina do novo pontífice, que assumiu o cargo de líder da Igreja Católica em 8 de maio

O papa Leão XIV fez a primeira nomeação feminina do novo pontificado para a Cúria Romana, o órgão administrativo central da Igreja Católica, nesta quinta-feira (22).

A irmã Tiziana Merletti foi escolhida como secretária do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, que regula regras de instituições religiosas católicas pelo mundo. Um dicastério é equivalente a um ministério no Vaticano.

Este departamento ligado aos institutos foi o primeiro na Cúria a ser chefiado por uma mulher.

O papa Francisco, antecessor de Leão XIV, nomeou a irmã Simona Brambilla como prefeita no mesmo gabinete de Merletti, em janeiro deste ano.

E QUEM É A NOVA SECRETÁRIA?

Tiziana Merletti nasceu em 30 de setembro de 1959, na região dos Abruços, centro da Itália.

Segundo o Vatican News, portal de notícias católico, a religiosa faz parte da congregação Irmãs Franciscanas dos Pobres.

Merletti se formou em Direito em 1984 e fez um doutorado de Direito Canônico na Pontifícia Universidade Lateranense em 1992.

Entre 2004 e 2014, ela ocupou o cargo de superiora geral do instituto religioso.

No momento, Tiziana é docente na faculdade onde fez o doutorado, em Roma.

FRANCISCO IMPULSIONOU PAPEL DAS MULHERES NO VATICANO

O papa Francisco, antecessor de Leão XIV, impulsionou a inclusão das mulheres em funções de destaque na Igreja Católica.

Quando Francisco foi eleito em 2013, as mulheres representavam apenas 19,2% dos funcionários do Vaticano. Uma década depois, a porcentagem subiu para 23,4%.

Segundo uma pesquisa do Vatican News realizada em 2023, o número de mulheres que trabalham na Santa Sé e na administração do Estado da Cidade do Vaticano teve um salto de 846 para 1165.

Na época da divulgação do levantamento, a Santa Sé empregava 3.114 pessoas, incluindo 812 mulheres.

Na prática, isso significa que um em cada quatro funcionários era uma mulher. Um número notável para igreja católica.

Ao longo dos anos de pontificado de Francisco, as mulheres conquistaram nomeações inéditas para cargos no Vaticano e o direito de voto em reuniões globais de bispos.

Em janeiro de 2025, por exemplo, o pontífice nomeou Simona Brambilla como prefeita, sendo a primeira mulher escolhida para liderança de um gabinete importante do Vaticano.

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